Treinado por André Villas-Boas, e com três jogadores – Witsel, e os recém-chegados Javi García e Garay - com passagem marcante pelo estádio da Luz nas últimas épocas, o Zenit S. Petersburgo é, dos três adversários do Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões, aquele que necessita de menos apresentações. Os internacionais portugueses Danny e Neto e o ex-portista Hulk completam o quadro de familiaridade no plantel do segundo classificado da Liga russa, em 2013/14.
Chegado a meio da temporada passada, André Villas-Boas não foi a tempo de evitar que o título rfosse para o CSKA, mas desta vez parte com a obrigação de conquistar troféus e conseguir um trajeto europeu marcante. Os sinais a esse respeito são encorajadores, a avaliar pela forma autoritária como a equipa garantiu o acesso à fase de grupos, eliminando AEL Limassol e Standard Liège, e como vem dominando este início de Liga russa, com cinco vitórias em outras tantas jornadas.
O histórico do Benfica com o Zenit é favorável aos encarnados, que eliminaram a equipa russa nos oitavos de final da Liga dos Campeões, em 2011/12, com derrota por 3-2 e vitória por 2-0 na Luz.
Leverkusen de boa memória
Única equipa do grupo C que não tem um treinador português a orientá-la, o Bayer Leverkusen chegou à fase de grupos depois de eliminar os dinamarqueses do Copenhaga, de forma clara, com vitórias por 3-2 e 4-0. Mais um dado a ajudar ao bom início de época da equipa treinada por Roger Schmidt, um recém-chegado à elite que assumiu o comando neste verão, vindo do Red Bull Salzburgo.
A boa forma do avançado Stefan Kiessling, que já marcou nove golos nos quatro primeiros jogos oficiais da equipa, é o dado mais evidente nestes primeiros momentos da temporada, iniciada com uma vitória marcante no terreno do Borussia Dortmund, com o golo mais rápido da história da Bundesliga, marcado por Bellarabi. Uma tendência a ter em conta, já que em todos os seus jogos desta época o Leverkusen marcou golos nos cinco primeiros minutos.
Além de Kiessling, os reforços mais sonantes neste verão foram o internacional suíço Drmic, o turco Çalhanoglou e o grego Papadopoulos, que se juntam a referências como Rolfes, Lars Bender ou o bósnio Spahic.
O histórico do Benfica com o Bayer Leverkusen é claramente favorável aos encarnados, que já eliminaram a equipa alemã em duas ocasiões: nos 16 avos de final da Liga Europa, já com Jorge Jesus ao comando, em 2012/13 (vitórias por 1-0 e 2-1) e nos quartos de final da Taça das Taças em 1993/94, com um empate 1-1 na Luz seguido dos inesquecíveis 4-4 no então chamado Ulricha Haberland Stadion.
Jardim, Falcao, Moutinho e... Bernardo Silva
Transformado pela injeção de dinheiro fresco do investidor russo Dmitry Rybolovlev, o Mónaco tem, a exemplo do Zenit S. Petersburgo, uma ligação acentuada ao futebol português. Não apenas pelo facto de ser treinado por Leonardo Jardim, que sucede a Claudio Ranieri e se estreia na Champions depois de na época passada ter levado o Sporting ao segundo lugar na Liga, de volta à fase de grupos.
Já antes do antigo técnico dos leões, as contratações de João Moutinho, Ricardo Carvalho, James Rodríguez e, por via indireta, Radamel Falcao, tinham posto o Mónaco no circuito habitual do futebol português. Um dado acentuado pela ida para o principado de Bernardo Silva, jovem promessa da formação encarnada que pode agora jogar na Luz, depois de não ter espaço de afirmação no Benfica.
Renascido das cinzas, e do purgatório de uma passagem pela II divisão, o Mónaco entrou diretamente na Liga dos Campeões ao garantir o segundo lugar na época de regresso à Ligue 1, atrás do ainda intocável PSG. O músculo financeiro faz pensar que será questão de tempo até os resultados terem ainda mais impacto. Mas, para já, a equipa terá de provar que tem consistência europeia, e que a sua presença no pote 4 se deve apenas à prolongada ausência da elite.
O difícil início de temporada, com duas derrotas nas primeiras jornadas, faz acentuar a pressão sobre o projeto liderado por Leonardo Jardim, que conseguiu um balão de oxigénio com a vitória, sofrida, que conseguiu em Nantes no último fim de semana.
Última referência para o estádio Louis II, um palco frio e de reduzida dimensão (18 mil lugares) para um clube que pretende aproximar-se rapidamente da elite europeia. O contra-relógio ganha intensidade nesta temporada, e tem um importante ponto de passagem marcado para o estádio da Luz, onde os monegascos, que nunca defrontaram o Benfica na Europa, perderam a final da Taça das Taças em 1992 – a outra final europeia que disputaram, a Liga dos Campeões de 2004, foi perdida para o FC Porto.
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