LUÍS FILIPE VIEIRA FALOU À REVISTA "OPEN SKYES"

Luís Filipe Vieira: «Não temos troféu pela credibilidade recuperada»

PRESIDENTE DAS ÁGUIAS RECORDOU TRAJETO NO CLUBE

Luís Filipe Vieira falou à revista "Open Skies", publicada pela Emirates, e abordou vários temas, desde os aspetos desportivos à forma como o Benfica é gerido internamente. O presidente encarnado sublinha que o sucesso recente das águias tem muito a ver com a estruturação que foi feita e pensada a longo prazo.

"Gerir o Benfica exige equilíbrio entre a emoção e a razão, e nem sempre é fácil. Mas o nosso sucesso nos últimos anos resulta da estruturação do clube com base em projetos a médio e a longo prazo. O sucesso que temos também resulta da inovação que juntamos a esta indústria que funciona em torno de emoção. Há responsáveis de clubes de todo o mundo que nos visitam para perceber a nossa forma de trabalhar, e esse reconhecimento é lisonjeador", começou por dizer o líder encarnado, recordando o que foi feito desde que chegou ao clube, quando ainda nem era presidente.

"Foi um trabalho difícil e do qual não podemos exibir nenhum troféu, mas sem esse trabalho inicial desde o ano 2000 não teríamos conseguido alcançar o sucesso desportivo que hoje festejamos. E não podemos igualmente esquecer a construção de todas as infraestruturas que hoje dão suporte físico ao Benfica: o Estádio da Luz, o Caixa Futebol Campus, a Benfica TV, que é um case study a nível mundial".

Instado sobre se é possível repetir aquilo que Coluna, José Águas, Eusébio e companhia fizeram na década de 1960, Luís Filipe Vieira não refuta tal possibilidade. O líder encarnado acredita que o Benfica poderá voltar a ser campeão europeu mesmo com as "diferenças económicas" atuais.

"Em futebol não há impossíveis mas, no capítulo das probabilidades e em função da diferença de meios, diria que não será fácil competir com clubes como os que acabou de nomear [Barcelona, Real Madrid e Bayern Munique]. A verdade é que já ganhámos uma Liga dos Campeões Europeus ao Barcelona, em 1961, e ao Real Madrid, em 1962. É verdade que as diferenças económicas eram bem menores, mas... quem sabe se a história não se poderá repetir?", disse, em declarações à revista "Open Skies" publicada pela Emirates, empresa com que o Benfica estabeleceu um compromisso económico para os próximos três anos.

Vieira disse depois, em jeito de desejo, que gostava que a sua passagem pelo clube fosse lembrada pela dedicação.

"Gostaria que os meus anos de presidente fossem lembrados como o tempo de alguém que se dedicou de alma e coração ao Sport Lisboa e Benfica e que tudo fez para engrandecer o nome e a história deste clube".