A equipa de Rui Vitória voltou às vitórias no campeonato, depois da derrota no Estádio do Dragão, alcançando uma vitória em casa por 3-0 diante do Paços de Ferreira. Jonas (34' e 73') e Gonçalo Guedes (67').
É comum ouvir no discurso dos treinadores que jogam contra as equipas mais fortes do nosso campeonato que as individualidades que estas possuem fazem a diferença nos jogos e no encontro deste sábado isso verificou-se de sobremaneira.
O Benfica, jogava em casa, depressa assumiu o domínio da posse de bola e do jogo, assente no mesmo onze que havia perdido diante do FC Porto, mas do outro lado estava um adversário bem organizado, de linhas compactas, que se deixava dominar, mas nem por isso se desorganizava.
O meio-campo encarnado surgiu nos primeiros minutos algo lento de processos e, tendo mais posse de bola, mostrava dificuldades em entrar na zona decisiva, fruto do equilíbrio pacense.
Mas basta um jogador e o seu talento num lance de génio para mudar tudo o que até ia parecia difícil de resolver e Jonas protagoniza isso mesmo. Aos 34 minutos, o avançado, como se fosse topógrafo de profissão, mediu a distância de onde estava até à baliza, viu o pequeno adiantamento de Marafona, e, depois dos cálculos, executou a obra, e daquelas com arte. Diogo Jota quis no lance seguinte mostrar que o Paços de Ferreira não se deixava afetar e correu pela ala esquerda até chegar ao pé de Júlio César e atirar ao lado.
Ao intervalo percebia-se que era o talento que desequilibrava um jogo até então bem equilibrado.
Na segunda parte, o Benfica reduziu o ritmo nos primeiros minutos e deixou o adversário acreditar. O jogo parecia estar longe de ser decidido, era a sensação que passava para quem estava na bancada.
Mas tudo lá se voltou a desequilibrar através do talento de Gaitán e do engenho do jovem Gonçalo Guedes.
Aos 67 minutos, o argentino recebeu a bola na linha, simulou uma vez, duas vezes, e depois levantou os olhos, cruzando atrasado para Gonçalo Guedes que rematou para o segundo do Benfica, contando com um desvio num adversário.
A partir do 2-0, ruiu então a estratégia de Jorge Simão que viu a sua equipa desorganizar-se por completo, apagando a boa imagem deixada atén então.
O Benfica cresceu muito, empolgou-se e foi ameaçando até chegar o 3-0, pelo inevitável Jonas (73'). O brasileiro contou com um passe de morte de Gonçalo Guedes e apontou o terceiro golo do jogo, o sétimo na sua conta pessoal no campeonato.
E o que parecia difícil tornou-se fácil, e os números até podiam ter sido outros se o cabeceamento de Luisão não tivesse encontrado o poste e, posteriormente, as mãos de Marafona. O Benfica mostrou que tem talento e soube sobrepor-se à alma Pacense que durou cerca de 60 minutos.
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