O diretor de comunicação do Benfica explicou porque só agora o clube da Luz começou a reagir às acusações do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.
«Porque achávamos que o futebol português merecia uma postura responsável e, acima de tudo, porque acreditávamos que o presidente da Liga teria uma intervenção firme em relação àqueles que assumiram um comportamento pirómano. Infelizmente não foi assim e a verdade é que o Benfica foi prejudicado em função desse comportamento paciente e responsável. O silêncio nunca significou falta de argumentos», disse em declarações a A BOLA, reforçando que o Benfica esperava uma intervenção de Pedro Proença:
- O presidente da Liga não pode limitar-se a dizer num comentário marginal numa cerimónia pública que a questão das ofertas do Benfica era um fait divers/I>. Tem de assumir que quem coloca em causa a seriedade e a idoneidade dos árbitros tem de ser penalizado, que quem desvaloriza a Liga portuguesa tem de ser penalizado. (…) O presidente da Liga deve assumir publicamente se o comportamento que quer dos dirigentes dos clubes de futebol é aquele que o presidente do Sporting tem assumido ou, pelo menos, se concorda com ele. O seu silêncio indicia que sim e, se é assim, vamos retroceder 10 ou 15 anos.
João Gabriel frisou ainda que o silêncio do presidente da Liga «permitiu um ruído que é prejudicial ao futebol português, não apenas o Benfica» e que acusações de Bruno de Carvalho sobre as ofertas das famosas caixas aos árbitros acabaram por condicionar a atuação dos mesmos:
- Os árbitros foram insultados por uma acusação torpe de corrupção (na primeira entrevista à TVI) que depois recuou para repetidas insinuações de benefício ou favorecimento. E como é que os árbitros reagiram? Em vez de agir judicial ou disciplinarmente contra quem fez essa acusação, deixaram-se condicionar ao ponto de errarem sistematicamente a favor do Sporting. Hoje é mais difícil marcar um penalty contra o Sporting que Portugal cumprir com o seu défice externo.
«Por mais que o presidente do Sporting queira promover o Museu do Pão a um restaurante três estrelas Michelin, isso não depende dele. O Benfica não faz nem mais nem menos que qualquer grande clube europeu, nas competições nacionais ou internacionais. Receber bem é um dever. Gritar, insultar, pontapear portas ou coagir é que são práticas que devem ser denunciadas e investigadas. Não façam das pessoas estúpidas», atirou.
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