"O dérbi dos dérbies foi um grande jogo. Com velocidade, três golos magníficos, oportunidades repartidas, sem tácticas sonolentas, com plena entrega dos jogadores. Até compreendo a frustração leonina perante o desaire, mas ganhou o Benfica e isso é o que, afinal, conta para as contas. O resto vai ser uma semana de miudezas em jeito de imagens paradas, ampliadas e repetidas cem (ou sem) vezes. Pela minha parte, agradeço antecipadamente as lições de reputados especialistas sobre a anatomia dos membros superiores, em particular sobre o mastóideo, perdão sobre o 'ombróideo'.
O Sporting, por autorizadas vozes, 'voltou a jogar melhor e a perder'. É a vida. Mais uma vitória moral, a juntar às que teve com Real Madrid e Dortmund. Ou em Braga, para a Taça do ano passado. Não esquecendo que foi 'a melhor equipa' do campeonato transacto, com o mero detalhe de o terminar com menos pontos do que o tricampeão Benfica.
Muito se falou de súbitas doenças causadas pelo gelo de Varsóvia. Mas Adrien e Gelson recuperaram milagrosamente de uma tão benigna gripe. Marvin, sem gripe, fez mais faltas do que toda a equipa benfiquista, antes de levar um mísero cartão ao minuto 81!
Faltava o estado sólido. Depois do estado líquido (cuspo) e gasoso (bafo), eis, do lado oposto da 2.ª Circular, a terrifica cartolina (impediu um contra-ataque perigoso do Benfica) que foi exibido como uma 'arma de arremesso' (sic) quase letal. Curioso é que nunca se viu a tal arma com adesivo clínico (certamente um achado), apenas 'origanis' amassados. Comovente e pacífico foi o beijo que o presidente do SCP enviou para a bancada no fim do jogo."
Bagão Félix, in A Bola
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