sábado, 4 de março de 2017

ARBITRAGEM CONTRA ARBITRAGEM


Vencemos o Desportivo de Chaves e, com isso, demos um passo rumo ao principal objetivo. Mas falta muito. Que bem joga a equipa flaviense, no campo todo, com ideia positiva do jogo e sempre com coragem de grande equipa. O Desp. Chaves levou à Luz milhares de adeptos, numa noite de inverno, numa sexta feira à noite. A subida dos transmontanos à I Liga foi das coisas boas que aconteceram ao nosso futebol. No nosso futebol, como no Mito da Caverna, nada é o que parece, as sombras tomaram conta do espaço mediático. No António Coimbra da Mota, a eliminatória ficou encaminhada com o golo marcado fora e nem o penalty que se aceita (é pena que não se assinale ao contrário) traria perigo, com o segundo jogo na Luz. Mas o mesmo árbitro auxiliar que não assinalou o penalty no Bonfim validou um golo em fora de jogo, com eliminatória decidida. Este auxiliar conseguiu trés coisas do agrado do seu clube do coração tirar pontos ao Benfica com erro direto no Bonfim, criar a ideia errada de que havia benefício numa altura em que estava encaminhada a eliminatória; e, por fim, penalizar uma boa arbitragem de um árbitro que não agrada ao seu clube. A única consequência possível é evitar que quem tanto se engana deixe de ser escolhido e, em vez da bandeirola de árbitro auxiliar, vá, com todo o direito que tem, com a bandeira do seu clube ver os jogos. É arbitragem contra a arbitragem, que vençam os competentes.
O FC Porto apresentou contas dramáticas mas como está a um ponto da liderança tem adeptos animados com a justa pretensão de serem campeões. O Sporting apresentou contas positivas mas como está arredado dos títulos tem adeptos angustiados e zangados com o momento. Temos que admitir que as únicas contas que animam os adeptos são as da tabela classificativa. Pedir racionalidade a um negócio puramente emocional é uma impossibilidade.

Sívio Cervan, in a bola

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