SAIA UMA CAIXA DE RENNIE PARA A DRAGARTADA

Domingos Soares de Oliveira, administrador executivo da SAD do Benfica, foi eleito esta terça-feira, em Genebra, na Suíça, para a Direção da Associação Europeia de Clubes (EAC).

O dirigente dos encarnados era um dos quatro concorrentes a três vagas reservadas para os países da 2.ª fasquia, ou seja, situados entre o 7.º e 15.º lugares do ranking da UEFA.

O italiano Andrea Agnelli (Juventus) foi eleito novo presidente, sucedendo no cargo ao alemão Karl-Heinz Rummenigge. Josep Maria Bartomeu (Barcelona), Nasser Al-Khelaifi (Paris Saint-Germain), Ed Woodward (Manchester United) e Peter Lawwell (Celtic) foram nomeados automaticamente para a Direção.
Eleito para a Direção da Associação Europeia de Clubes (ECA), Domingos Soares de Oliveira assume a grande responsabilidade do cargo, salientando, ao mesmo tempo, que se trata do reconhecimento pelo trabalho que tem sido desenvolvido no Benfica.

«Não é a primeira vez que um clube português está representado no conselho executivo da ECA, a anterior presença foi de Fernando Gomes, que deixou aqui um trabalho que ainda hoje é recordado como um trabalho de excelência. Para o futebol nacional, creio que é, em primeiro lugar, uma grande responsabilidade. No fundo, esta eleição é feita por um conjunto diversificado de clubes, em representação de nove países. Portanto, houve aqui um reconhecimento daquilo que o futebol português tem trazido de inovador à indústria, mas sobretudo há que destacar que é também o reconhecimento do que a estrutura do Benfica tem conseguido assegurar ao longo dos últimos anos, com um conjunto de profissionais dos quais me orgulho de fazer parte. O seu desempenho tem vindo a ser apreciado pelos principais líderes desta indústria, quer em termos de clubes, quer em termos da própria UEFA», disse o administrador da SAD dos encarnados, em declarações à BTV.

Para Soares de Oliveira, a sua eleição será sempre importante para o clube, assim como para o futebol português: «A Associação Europeia de Clubes tem vindo a ter um papel cada vez mais importante na definição daquilo que são as linhas mestras que vão reger o futebol. Nós, portugueses, temos tido um bom desempenho, com uma grande contribuição da parte do Benfica. Esta nomeação vai permitir afirmar o Benfica como um clube importante, do ponto de vista das decisões futuras, e beneficia também o próprio clube pelo reconhecimento que a marca tem, neste momento, junto dos principais parceiros. Basta olhar para a lista do Executive Board e os clubes que lá estão representados… é fácil perceber o prestígio que acarreta para o Benfica esta eleição.»

«O Benfica, nos últimos, tem evidenciado uma saúde – quer do ponto de vista desportivo, quer financeiro – que não tem passado despercebida. O facto de cada vez termos melhores resultados desportivos; de aparecermos – do ponto de vista competitivo – no top10 da Europa… isso só pode ser conseguido porque dentro da estrutura do Benfica há, claramente um desempenho em cada uma das áreas, onde temos excelentes profissionais. Tenho a certeza que isso é reconhecido pelos nossos parceiros europeus», prosseguiu o dirigente, revelando já alguns dados sobre os objetivos para o mandato na EAC:

«Temos vários desafios, alguns específicos e outros comuns. Existe um primeiro tema, a possibilidade da existência de uma Superliga e a forma como os clubes podem ou não ter acesso a ela; existe um segundo tema que é extremamente relevante, até para o Benfica que é o centro de treino de excelência de jogadores; temos temas sobre as janelas de transferências… O objetivo é dar o melhor contributo para a discussão.»