As angústias desportivas do Benfica esta época têm sido tantas que até as coisas positivas (também há algumas) acabam por ficar esquecidas. Os números de Jonas, por exemplo. Ainda todos recordamos a grave lesão e os longos meses que viveu afastado dos relvados na última temporada. Para um jogador que nunca foi um portento físico e que já caminhava, então, para os 33 anos, o mais natural seria que esta parte final da carreira tivesse ficado aí comprometida. Pois…
Quem poderia imaginar, afinal, que em 2017/18 iria assistir-se a este ‘tsunami’ de golos? A pontaria é tão impressionante que à quarta época na Luz já está a apenas um golo de chegar ao top 15 dos melhores marcadores da história do clube. Mais: ainda ninguém parece ter dado por isso, mas não existe na Europa, por esta altura, quem tenha mais golos do que Jonas. Cavani tem os mesmos 19 no campeonato francês e depois é sempre a descer: Kane lidera em Inglaterra com 18, Icardi em Itália também com 18 e Messi em Espanha com 15.
A ligação do brasileiro ao Benfica é um caso de sucesso absoluto. Foi sempre campeão, brilhou ao lado de avançados tão diferentes quanto Lima ou Mitroglou e provou, no atual 4x3x3, que até pode jogar sozinho na frente e ainda assim continuar a marcar ao mesmo ritmo. E é assim porque, afinal, o que faz a diferença é sempre a mesma coisa: qualidade.
Nuno Farinha, in Record
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