quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

PRÉMIOS E CASTIGOS DE TODA A ESPÉCIE


2: Se dúvidas houvesse, estão a desvanecer-se à medida que o campeonato prossegue. Os casos que têm envolvido o Benfica estão a frutificar abundantemente no julgamento dos árbitros dos jogos dos principais rivais. Num ponto, Porto e Sporting estão irmanados na convergência dos benefícios arbitrais sobre penáltis "au moment" ou "à lá cart". De um lado, o FCP que, jogando bem ou jogando mal, parece seguro  de que assinalhar-lhe um castigo máximo é coisa que não passa pela cabeça dos árbitros e, muito menos, pelos indigentes VAR. De outro lado, o SCP beneficiando da gentileza de penalidades a seu favor, tão discutíveis como invisíveis, em momentos-chave dos encontros e, que por isso, se têm revelado fundamentais para o seu desfecho. Ou seja, a uns perdoam-se faltas, a outros faltas se imaginam. vejamos alguns exemplos : contra o Boavista (que, em boa verdade, também deveria ter sido disciplinarmente mais castigado) um penálti que todos os especialistas de todas as tendências clubísticas entenderam ter sido subtraído aos homens do Bessa a menos de um quarto de hora do fim e com o jogo empatado. Na última jornada, a situação ainda foi mais escabrosa. Manuel Mota, que ainda tem na cabeça as ameaças e pichagens no seu talho ou no restaurante de um familiar, não viu, ali mesmo na frente dos olhos, uma falta clamorosa de Felipe (sempre ele) sobre Nakajima (nem quis ir vê-la no ecrã!), enquanto o VAR deve ter tido, 0,0000000001% de dúvida pelo que, segundo o famigerado protocolo, se inibiu de ter 100% de certeza do penálti. É bom lembrar que, ainda com muito tempo de jogo, o Portimonense poderia ter chegado aos 2-0 a seu favor. Folha, portista e treinador deslocado no Algarve, nada achou de estranho. Tudo boa gente, abraços e beijos no fim. Imagine-se na Luz cena idêntica com o dragão Folha. E, como de costume, o dedicado relator da Sport Tv e o grande Lobo passaram pelo caso exemplarmente, como se nada houvesse a comentar...
Quanto ao SCP, como atrás disse, trata-se de árbitros inventarem penáltis. Assim, teve mais dois pontos no expirar do tempo contra o Chaves em Alvalade por causa de uma penalidade que fica para a história desta competição. É que, além da bola já estar nas mãos do guarda-redes flaviense, Bas Dost - o putativo jogador carregado - e os seus colegas nada protestaram, nada viram, nada sonharam, nem sequer esboçaram uns bracinhos no ar. Veio do céu tal dádiva! Na jornada anterior um lance, um pouco mais duvidoso é certo, originou outro penálti forçado, quando a meia hora do fim, o Santa Clara vencia por 1-0. E estatísticamente, as coisas, pouco a pouco, vão tendo algum significado: o SCP já é a equipa com mais penáltis a seu favor (6) e a única sem nenhum contra.
Em suma, eis a regra dos 100% de certeza (ou incerteza) em todo o seu esplendor arbitral e VAReiro, quem sabe se originado por poderes ocultos (e sem e-mais)?
3: O Benfica venceu num campo tradicionalmente difícil, o do Vitória Futebol Clube. Jonas encarregou-se de assegurar a vitória, mas o jogo foi de um grau de beligerância dispensável. Faltas, faltonas e faltinhas a todo o momento, árbitro às aranhas sem um critério disciplinar que se compreendesse, um golo genial de Zivkovic anulado por indigência do fiscal de linha, um Benfica que continua a soluçar num pára - arranca que é difícil de entender. Seguem-se agora dois jogos que poderão ser muito importantes para os 2/3 do campeonato por realizar (embora lendo certos textos, até parece que já estamos quase no fim, com consagrações bem prematuras). refiro-me a um novo jogo fora de casa, contra o Marítimo de Petit e, nas vésperas de Natal, na luz, o confronto com o Sp. Braga. esta quarta-feira, uma partida europeia que não é apenas para cumprir calendário europeu: Benfica-AEK, onde estão em jogo 2,7 milhões de euros e uma limitação de danos de ranking.
Castigos I. 765 euros a astronómica multa que o treinador do FCP, coitado, apanhou por se ter limitado a festejar, exuberantemente, o golo no último segundo no Bessa. segundo as suas palavras « não estava na missa» (ainda bem) e «festejamos no Porto sempre os golos à Eder», isto é, com palavrões. Não consta que Fernando Santos se tenha dirigido nessa altura ao seleccionador francês dizendo qualquer coisa como "tomem cardápio" (mesmo que com o cardápio em francês).
castigos II. segundo li, o regulamento de castigos a treinadores e a outras personagens dos bancos diz que só se na mesma época desportiva acumularem cada série de trés expulsões pelo mesmo motivo é que são punidos com a sanção de suspensão por um jogo. ou seja, se um treinador, umas vezes, insultar o banco opositor, outras vezes partir a própria banqueta, outras diversificar com uns elegantes impropérios aos árbitros etc... pode estar seguro que, com romantismo ou sem ele, pagará, tão-só, os tais setecentinhos multiplicados pelo número de jornadas do campeonato, sem nunca ser impedido de ir para o banco. Não sei até se inovando nos palavrões se constitui uma diferente série de infracções. por exemplo, se em vez de cardápio, se disser larápio, agápio, esculápio ou serápio.

Bagão Félix, in a Bola

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