"Não há dois jogos iguais. E se o dérbi de Alvalade, a contar para o Campeonato, mostrou um Benfica muito, mas mesmo muito, superior ao eterno rival, o dérbi da Luz, para a Taça, tanto pode ter sido parecido como totalmente diferente.
No momento em que escrevo ainda nada sei sobre ele. Mas há algo que nenhum resultado ou exibição vai poder desmentir: o Benfica tem melhores jogadores, melhor equipa e, ao que parece, também melhor treinador do que o Sporting. Em Alvalade pudemos ver a afirmação total de uma equipa, de um modelo de jogo, e de um técnico que deu outro fôlego a um fantástico conjunto de jogadores, que, sobretudo do meio-campo para diante, nada deve aos melhores plantéis deste século. E, já agora, também a confirmação de uma estrela talhada para altos voos: falo obviamente de João Félix, que tem tudo para se tornar o melhor jogador português do pós-Ronaldo.
A partida de domingo até deixou, por estranho que pareça, um certo sabor a desencanto, não obviamente pela clara vitória, nem pelos importantes três pontos, mas pelos números relativamente moderados do placar final, que a dada altura pareciam poder vir a ser muito mais expressivos - sendo que ainda temos por vingar uma certa goleada de 1986.
Entraram seis golos, valeram quatro, além de bolas no poste e várias oportunidades claras para marcar, e marcar, e voltar a marcar. O resultado final de 2-4 não fez justiça ao que se passou em campo. Mas, enfim, o futebol nem sempre é justo.
Esperamos que, na partida da Taça, a nossa superioridade tenha sido tradução devida, permitindo um resultado confortável para a segunda mão."
Luís Fialho, in O Benfica
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