Ponto prévio. Após as eliminatórias para fase de grupos das provas da UEFA, múltiplas vozes manifestaram regozijo pelo pleno da participação da equipa portuguesas, quanto na Liga Europa e uma na Champions. Da perspectiva quantitativa, não há dúvida que tal constitui momento positivo. Nesta edição da Liga Europa competirão nomes altamente prestigiados, o que dá à prova interessante dimensão. Ainda assim, é genericamente aceite que a mesma, por motivos vários se traduz num desafio de segunda linha. De um ano para o seguinte, Portugal vê na Champions a representação reduzida de três para um só clube. Motivos há para desejar que o Benfica tenha competência e felicidade necessárias a bom desempenho que dignifique e prestigie o futebol português.
Alterações
1. Sem que tal alterasse o modelo táctico do Benfica, desenhado em 4x4x2, razões haverá, umas objectivas, outras nem tanto, que levaram a um conjunto relativamente alargado de alterações ao onze inicial regularmente mais utilizado pelo Benfica neste arranque na Champions.
Dificuldades
2. Ao contrário do que costuma encontrar no campeonato - blocos baixos e facilidades na primeira fase de construção -, o Benfica viu-se pressionado de forma eficaz sempre que recuperou a bola, o que reduziu a sua capacidade ao ponto de só conseguir uma situação de finalização, a terminar a primeira parte.
Superioridade
3. Os movimentos para o interior dos alas do Leipzig criavam superioridade numérica a meio-campo, facilitando o jogo ofensivo alemão, as situações perigosas iam-se sucedendo e o golo aconteceu de forma inevitável.
Águia reage
4. O Benfica tinha procurado, com uma alteração táctica, lançando David Tavares e reposicionando-se em 4x3x3, reequilibrar o sector intermediário, mas quase em simultâneo sofreu o golo, que perturbou. Após sofrer o 0-2 foi obrigado a retrocesso táctico e retomou o 4x4x2 (trocas de Pizzi e Cervi por Seferovic e Rafa) e conseguiu reduzir a desvantagem.
Outra realidade
5. A natural superioridade do Leipzig é o reflexo de militar num campeonato incomparavelmente mais competitivo, os alemães foram melhores em todos os momentos do jogo e justos vencedores, apesar da digna resposta benfiquista. Última nota para a estreia do lateral-direito Tomás Tavares, muito bem nas tarefas defensivas, a deixar antever excelente futuro."
Manuel Machado, in A Bola
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