"Com uma coragem e frontalidade própria de Pedroto, Sérgio Conceição insurgiu-se contra a falta de união no FCP. E agora?
Menos de um mês depois de ter sido comparado, por Pinto da Costa, a José Maria Pedroto, Sérgio Conceição insurgiu-se contra a falta de união dentro do FC Porto e pôs o lugar à disposição do presidente. Pela frontalidade com que assumiu o que o clube, por canais oficiais, oficiosos e similares, sempre negou, o gesto de Conceição foi pedrotiano. Mas o Zé do Boné sempre soube - e na crise do verão quente em parceria com o então chefe do departamento de futebol, Pinto da Costa - tirar consequências das suas acções e, dessa vez, mudou-se para Guimarães onde, sob a presidência de Pimenta Machado e com o apoio de Pinto da Costa, fez uma travessia do deserto que precedeu o regresso, dois anos depois, às Antas, já com o sucesso de Américo de Sá no poder. E que consequências serão tiradas das afirmações de Sérgio Conceição? Ou seja, qual a fórmula mágica que vai restaurar a união no universo do Dragão? A resposta simplista será sempre, «os resultados positivos, uma vitória sobre o Benfica e tudo retornará aos eixos». Porém, no ocaso da liderança de Pinto da Costa, a questão é bem mais vasta e complexa, tem a ver com a força e influência que alguns sectores, nomeadamente os Super Dragões, ganharam no clube, sem esquecer a complicada teia de influências tecida na órbita presidencial, nem os putatvos pré-candidatos à sucessão que, a cada vela mais que Pinto da Costa, coloca no bolo de aniversário, procuram a melhor colocação para o dia em que se iniciar essa corrida.
Afinal de contas, depois de tudo o que se viu, Sérgio Conceição veio dizer apenas o óbvio.
A pergunta que os portistas mais devem querer ver respondida é esta: Pinto da Costa, que já não exerce a liderança com o impacto, interno e externo, de outros tempos, tem condições para promover a unidade reclamada por Sérgio?
A verdade é que o FC Porto, subjugado pelo despesismo estéril de um passado ainda recente e espartilhado pelo fair play financeiro da UEFA, não possui um plantel tão forte como noutros tempos, e depois do cataclismo Krasnodar ver-se-á obrigado a prescindir de mais alguns anéis (e não são muitos...) para salvar os dedos. Percebe-se, desta forma, que o que Sérgio Conceição gritou ao mundo foi mais do que um mero desabafo, depois de uma derrota.
Ás
Rúben Amorim
Primeiro a vencer a Taça da Liga como jogador e treinador, o jovem técnico do SC Braga está na crista da onda, apesar da falta de certificação e da situação pouco prestigiante para as instituições, que está a protagonizar. Mas uma coisa é certa: tem queda para este negócio e sabe da poda. Veio para ficar, está mesmo a ver-se.
Ás
Júlio Velásquez
Venceu, em Tondela, com autoridade, o duelo espanhol com Natxo González, e viu o seu Vitória de Setúbal colocar-se onze pontos acima da linha da água. Pelos vistos, os sadinos já recuperam plenamente da virose que os limitou, e há que contar com este clube histórico para uma boa segunda volta do campeonato.
Ás
Paulo Jorge Pereira
Sexto lugar no Europeu, três jogadores - Alfredo Quintana, Rui Silva e João Ferraz - na short list para a melhor equipa do evento, e qualificação para o torneio pré-olímpico, são razões mais do que suficientes para que a Federação de Andebol de Portugal e especialmente o seu treinador estejam de parabéns. Well done!
O problema do Sporting não é de treinador...
«Depois de treinar nestes dois desafios (B-SAD e Sporting) vou ter capacidade para trabalhar em qualquer lado...»
Jorge Silas, treinador do Sporting
Antes fosse culpa dos treinadores, a crise do Sporting. Mas não é. E foi por aí, aliás, que começou a desdita de Varandas quando decidiu despedir Peseiro. Por isso, não valerá a pena fazer contas ao prazo de validade de Silas, enquanto não estiverem resolvidos os verdadeiros problemas do Sporting, a quem falta dinheiro, sobra divisionismo e possui um plantel muito limitado.
Diego Simeone parado no tempo
Inapresentável, o futebol do Atlético de Madrid, perfeitamente incompatível com o plantel dos colchoneros. Ontem, empataram a zero no Wanda como o colista Leganés, depois de terem sido eliminados a meio da semana, da Taça do Rei, pela secundária Cultural Leonesa. Simeone parou no tempo e não percebeu...
Kobe é eterno
Dizem notícias chegados de Los Angeles que Kobe Bryant perdeu a vida num acidente de helicóptero. Impossível. Kobe é imortal, é lenda, é inspiração para milhares e, por tudo isso, nunca há de morrer. Bryant estará sempre vivo em quem o viu desafiar o impossível, não só nos cinco anéis que conquistou na NBA, em vinte anos com os Lakers, como, também, nos 33.653 pontos que obteve, nos 7047 ressaltos que ganhou e nas 6306 assistências que realizou. A partir das 'suas' camisolas 8 e 24, retiradas pelos Lakers e colocadas no Staples Center no dia 17 de Dezembro de 2017, Kobe Bryant vai continuar a reinar na Cidade dos Anjos."
José Manuel Delgado, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário