sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

RESSURREIÇÃO DE ALMEIDA PARA A REVIRAVOLTA...


O Desportivo das Aves esteve perto de causar sensação, mas golos de Pizzi e André Almeida já no quarto de hora final ditaram triunfo 'encarnado'.
O Benfica bateu, esta sexta-feira, o Desportivo das Aves por 2-1 no Estádio da Luz, em jogo da 16.ª jornada da I Liga portuguesa.Um triunfo muito suado do líder sobre o último classificado, com os golos 'encarnados' a surgirem apenas no último quarto de hora da partida.
O iraniano Mohammadi abriu o marcador para o Aves à passagem do minuto 20, com um grande golo que gelou a Luz, o Benfica tentou reagir, criou inúmeras ocasiões de golo, mas viu o guarda-redes francês Beunardeau brilhar na baliza adversária e, quando este pareceu batido, foram os defesas do Aves evitarem a igualdade com pelo menos três cortes em cima da linha de golo. Pizzi, porém, na conversão de uma grande penalidade aos 76 minutos, conseguiu enfim bater o guardião gaulê, restabelecendo a igualdade, e André Almeida, já perto do fim, confirmou a cambalhota no marcador e evitou a surpresa.
A iniciar um ciclo de três (importantes) jogos no espaço de oito dias e com o último classificado da tabela pela frente, Bruno Lage apostou em algumas mudanças no seu ‘onze’ habitual, talvez já a pensar nos próximos encontros. O reforço Julian Weigl no meio-campo, o jovem Jota também alinhou de início e o goleador Carlos Vinícius começou no banco, cedendo a titularidade a Seferovic.
Apesar das mudanças, as 'águias entraram fortes no encontro e logo aos três minutos um cruzamento de Pizzi, esta noite a atuar mais descaído para as alas, vindo da direita criou algum pânico na defensiva do Aves. O primeiro lance de real perigo surgiu aos sete minutos, com Jota a cruzar da esquerda e Seferovic a cabecear ligeiramente por cima.
A partir do quarto-de-hora, porém, o Benfica baixou um pouco a intensidade do seu jogo. O Aves aproveitou para chegar pela primeira vez à grande área dos 'encarnados' e Mohammadi , solto de marcação, cruzou rasteiro, com perigo, mas ninguém surgiu para o toque final.
Um aviso que não chegou para voltar a acordar as 'águias' e, aos 20 minutos, o mesmo Mohammadi gelou a luz, inaugurando o ativo. O atacante iraniano entrou na grande área do Benfica, uma vez mais pela direita, deixou Ferro para trás e, com Vlachodimos, atirou em jeito para um grande golo.
O Benfica tentou reagir de imediato e, na sequência de uma bonita jogada, Chiquinho caiu na grande área do Aves, mas acabou por ver a cartolina amarela, por simulação. Logo depois, nova excelente jogada do ataque 'encarnado', com Gabriel a rematar para defesa apertada de Beunardeau. A bola sobrou para Pizzi, que tocou o esférico sobre o guardião do Aves e, quando já todos se preparavam para festejar, Dzwigala cortou de forma espetacular, de calcanhar, sobre a linha de golo.
A pressão do Benfica em busca do empate intensificou-se e, aos 27 minutos, foi Seferovic a voltar a colocar à prova Beunardeau, que voltou a responder à altura. O guarda-redes francês estava inspirado e voltou a brilhar instantes mais tarde, desta feita evitando o golo de Chiquinho.
Até ao intervalo as ocasiões de golo foram-se sucedendo e, já no período de descontos, só por mero acaso a bola não entrou mesmo para o fundo das redes do Aves. Seferovic, primeiro, e Pizzi, depois, viram uma vez mais os defesas adversários cortarem a bola sobre a linha.

Lage lançou Vinícius para o lugar de Jota no arranque do segundo tempo e o jogo retomou onde tinha parado: com o Benfica a atacar, e Beunardeau a brilhar e a negar o golo a Seferovic.
A situação das 'águias', porém, podia ter-se complicado quando, aos 52 minutos, André Almeida teve uma entrada mais dura sobre um adversário. Carlos Xistra começou por exibir a cartolina vermelha mas, depois de consultar as imagens, reverteu a decisão e ficou-se pelo cartão amarelo.
Passado esse 'susto', o Benfica voltou à carga. Um desvio de Chiquinho passou milímetros ao lado após cruzamento da esquerda, estavam decorridos 59 minutos, e aos 67 Seferovic cabeceou ao lado após canto cobrado por Pizzi. Depois, foi Vinícius a esbarrar na 'muralha' Beunardeau, que com nova intervenção fantástica evitou o golo do brasileiro.
Mas os minutos iam passando e a surpresa continuava e a ansiedade ia crescendo. Prova disso, o cartão amarelo visto por Vinícius, após desentendimento com o guarda-redes contrário. Mas, à passagem do minuto 75, o mesmo Vinícius viu-se derrubado por Falcão na grande área do Aves e Carlos Xistra não hesitou em apontar para a marca da grande penalidade. Na conversão da mesma, Pizzi não perdoou.
Motivado pelo golo, o Benfica continuou a pressionar em busca da vitória. À entrada para os dez minutos finais, grande lance de ataque pela esquerda, com um passe atrasado para Vinícius, que tinha tudo para confirmar a cambalhota no marcador. Bruno Morais, contudo, com um corte fantástico, interceptou o remate do brasileiro.
O Aves tentava resistir como podia, mas acabou por não conseguir evitar a derrota. Aos 86 minutos, André Almeida recebeu a bola de Vinícius já no interior da grande área do Aves e fuzilou Beunardeau. Desta vez, o francês nada pôde fazer e o Benfica acabou por conseguir mesmo, in extremis, a cambalhota no marcador.
Com este triunfo, o 15º em 16 jornadas na I Liga, o Benfica segue firme no topo, enquanto o Aves, que continua sem conseguir pontuar na Luz, somou a 14ª derrota em 16 jogos na presente edição da prova. Curiosamente, ambas as equipas continuam sem somar qualquer empate. Um empate que esteve perto de acontecer esta noite, mas que André Almeida conseguiu evitar.
Daqueles jogos que, convencionou dizer-se, só quem tem estrelinha (e, não sejamos injustos, paciência e força de vontade) consegue ganhar.

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