"O começo do Benfica foi bastante bom. A pressão da linha da frente tirou por completo o conforto com bola aos escoceses que foram perdendo a posse – Ou porque forçavam a sair e não conseguiam – Assim marcou o Benfica – Ou porque esticavam na frente e perdendo a bola nunca foi o Rangers capaz de sair da teia encarnada.
Para lá do bom trabalho defensivo das linhas mais altas, foi aparecendo a ligação Diogo Gonçalves – Rafa Silva no corredor direito que agitou o jogo ofensivo, e juntos ainda criaram um potencial lance de 2 a 0 que Seferovic interceptou – A bola seguia para um Everton em óptima posição.
4x4x2 em Organização Defensiva
Mas, não é novidade que a última linha do Benfica tem revelado dificuldades que comprometem decisivamente os jogos, mesmo aqueles como o que o desta noite estava prometedor. Vertonghen uma vez mais voltou a desiludir – Na Grécia um erro crasso custou a eliminatória, e hoje é imperdoável o lance em que Otamendi se vê expulso. Se para se jogar alto a velocidade importa, muito mais importará o bom posicionamento e a forma como se orienta o corpo para o jogo.
Com dez o Benfica não teve sequer tempo para procurar organizar-se e fechar a sua baliza, antes de ver a equipa de Gerrard tomar as rédeas do marcador. Nuno Tavares completamente adormecido deixa adversário directo completamente sozinho nas suas costas – Sobe, largando-o! – e o lance termina com um erro técnico de Diogo Gonçalves – que até então estava bem – que também também muito a ver como não abriu o corpo para poder ver tudo ao seu redor. Se assim fosse, saberia que poderia deixar rolar a bola.
O segundo golo não tardou e chegou em forma do que vem já sendo um hábito. Taarabt não resolve na Transição Defensiva – É batido por duas vezes – Em ambas no mínimo poderia ter feito falta, já que roubar bolas já se sabe que dificilmente consegue – e o lance prossegue até ao virar do resultado.
Os desequilibrios do plantel encarnado ficaram uma vez mais bem expostos – Não há um médio completo – Uns atacam bem mas defendem mal, outros defendem bem mas atacam mal; os laterais estão em formação, os centrais desiludem – E não podem sequer defender-se na falta de protecção da equipa porque esta estava à vista até aos erros da última linha tudo determinarem.
Bem exposto ficou também a qualidade de Darwin e Luca. Dois jogadores de categoria tremenda. que fizeram equilibrar o resultado em mais um jogo para esquecer do Benfica. Juntos disfarçaram e disfarçarão muitas lacunas da equipa encarnada.
O ponta de lança Uruguaio é um verdadeiro portento e ninguém tem tanta categoria para fazer uma equipa jogar como Luca."
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