sábado, 20 de fevereiro de 2021

ARTISTA DE VARiedades



 "Jogaram-se 19 jornadas da Liga, e o Benfica não tem ainda qualquer grande penalidade a seu favor. O FC Porto, por exemplo, já soma 11.

Os números são intrigantes, mas para os perceber basta olhar ao que aconteceu na última ronda. No Dragão, de penálti em penálti, o FC Porto foi empurrado para uma vitória que só não se concretizou porque num deles a bola bateu no poste. No dia seguinte, em Moreira d Cónegos, uma grande penalidade evidente sobre Vertonghen foi ignorada pelo árbitro e pelo VAR (um tal de Fábio Melo, do Porto, de quem nunca tinha ouvido falar, mas cujo desempenho neste jogo promete carreira auspiciosa), enquanto um toque na perna de Weigl, dentro da área, foi transformado em cartão amarelo ao alemão, depois de revertida a decisão de assinalar falta e correspondente penálti.
O Moreirense-Benfica foi, aliás, um compêndio de manipulação. As imagens do lance de Weigl não terão chegado na totalidade ao juiz principal, omitindo o toque no médio benfiquista. E, no golo do Moreirense, uma situação de fora-de-jogo que se vê a olho nu foi subvertida por linhas enviesadas - como já acontecera noutros jogos, sendo tempo de olhar para estas linhas com olhos de ver.
No fim do jogo senti-me enganado. E como diria Pinheiro de Azevedo em 1975, ser enganado é uma coisa que me chateia.
É certo que o Benfica não jogou bem, e talvez nem merecesse ganhar. A verdade é que construiu lances para o fazer, sendo impedido por terceiros.
Depois de uma semana repleta de pressões e intimidações a árbitros, Fábio Melo deu a resposta que já todos sabíamos: neste futebolzinho, o crime compensa."

Luís Fialho, in O Benfica

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