"Não é novidade que a incapacidade defensiva e o raio de acção curto do meio campo a dois do Benfica da temporada passada fez ruir possíveis expectativas numa época triunfante. Sem surpresa partiu a equipa de Jesus para a nova temporada em busca de reforçar o seu sector mais carenciado.
Meité que poderá ocupar ambas as posições do meio campo. Ser o seis ou o oito, traz as características que faltavam na equipa de Jesus. A passada larga e a capacidade de se impor na pressão, bem como a capacidade de recuperação defensiva em momento de transição. Com João Mário, indubitavelmente que o Benfica terá um sector intermédio com outra capacidade para o jogo sem bola que o meio campo da época transacta.
Porém, em posse e embora não seja de todo incapacitado tecnicamente, Meité é também ele o oposto de Weigl. Desta feita, para pior. Nem sempre assertivo na sua decisão e muito menos tão capaz de jogar sob pressão, porque demora mais a perceber o que o rodeia para poder orientar a saída para o ataque para o espaço certo.
Como oito, terá sempre dificuldades tremendas para jogar em espaços mais curtos e definir com criatividade nas imediações do último terço, como seis não terá a capacidade de selecção das melhores rotas ofensivas para que a ligação ofensiva seja de excelência.
Não é completamente claro que o Francês seja um upgrade a Florentino, por exemplo. Onde o Benfica ganhará sem bola, perderá capacidade em posse, mesmo que o médio oriundo do Torino tenha alguns momentos de esclarecimento.
Se Meité é o “substituto da opção Al Musrati”, o Benfica sai a perder decisivamente."
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