segunda-feira, 18 de abril de 2022

VITÓRIA NO ALVALIXO, COM MOMENTOS INENARRÁVEIS



 Foguete uruguaio desequilibrou e do banco veio o xeque-mate

Em dia de aniversário do míster Nélson Veríssimo, Darwin e Gil Dias entregaram duas prendas em Alvalade e deram o triunfo ao Benfica, no dérbi da 30.ª ronda da Liga Bwin.
Darwin, com um golo e uma assistência para Gil Dias, foi um quebra-cabeças para a defesa do Sporting e desbloqueou o dérbi da 30.ª jornada da Liga Bwin a favor do Benfica. No Estádio José Alvalade, as águias venceram, por 0-2, e encurtaram distâncias para o rival na luta pelo 2.º lugar e pelo acesso direto à Liga dos Campeões. Segue-se o Famalicão, na Luz.
O Glorioso, sob o comando de Nélson Veríssimo (no dia em que completou 45 anos), repetiu o onze que iniciou a 2.ª mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, em Anfield, diante do Liverpool; o Sporting apresentou três mudanças desde Tondela até ao dérbi: saíram Matheus Reis (castigado), Ugarte e Edwards, entraram Nuno Santos, Palhinha e Paulinho.
Estádio José Alvalade muito bem composto para o dérbi dos dérbis, excelente ambiente nas bancadas e tudo a postos para um espetáculo que começou algo preso, mas que rapidamente teve um safanão. Já lá vamos…
Nas quatro linhas, as equipas estavam muito encaixadas, com a bola a andar muito pelo centro de terreno e longe das balizas. Duas equipas em fase de estudo, com o Benfica a carburar mais pelo corredor direito e a tentar explorar a profundidade, onde Darwin era uma seta apontada à área leonina; o Sporting optava por temporizar mais os ataques, arrancava a sua construção pelo flanco esquerdo, variando o centro de jogo para a direita, onde, nos últimos trinta metros, Pedro Porro imprimia maior velocidade para desequilibrar.
Primeiro bruaá no dérbi, aos 9'. Recuperação de bola por parte de Nuno Santos em zona adiantada, Pedro Gonçalves serviu Paulinho na área, que tentou desviar de Odysseas, mas o esférico saiu ao lado. Ainda assim, ficou a ideia de que o avançado estava em posição irregular (não assinalada).
Resposta do Benfica, de pronto e cheia de eficácia. As águias marcaram rapidamente um livre na própria área, passe de Vertonghen em profundidade que apanhou a defesa verde e branca descompensada, Darwin aproveitou para galgar metros, ganhou o duelo a Coates e, frente a Adán, picou para o 0-1, aos 14'.
A perder, o Sporting subiu as linhas, aumentou a pressão e tornou-se "dono" da bola, mas de forma inconsequente; o Benfica, por sua vez, estava compacto em termos defensivos, juntou as linhas, anulando o jogo apoiado dos leões, obrigando-os a jogar à largura.


Com os comandados por Rúben Amorim balanceados para o ataque, as saídas em transição dos da Luz deixavam o setor mais recuado do Sporting em alerta. Exemplo disso, o minuto 31. Bom desdobramento encarnado a ultrapassar a pressão leonina e Diogo Gonçalves, descaído para a direita, à entrada da grande área, a disparar para grande estirada de Adán.
Bola cá, bola lá, e, aos 32', Sarabia descobriu Pedro Gonçalves na área, este rodou sobre si mesmo, enquadrou-se, mas Odysseas foi lesto a sair dos postes e fez a macha, evitando a oportunidade de golo. Os da casa continuavam a carregar, mas sem reais oportunidades de golo. Aos 42', num livre à entrada da área, Sarabia testou a atenção de Odysseas. O dérbi chegava ao intervalo, com o Benfica na frente, por 0-1.
Ao contrário do que sucedera na primeira parte, a etapa complementar começou bastante viva, com o Benfica a aparecer mais subido e pressionante, o que surpreendeu o Sporting na sua primeira zona de construção.
A pressão encarnada quase surtiu efeito aos 48'. Recuperação de bola no meio-campo leonino, a bola sobrou para Gonçalo Ramos, que deixou para Everton. O extremo disparou a centímetros do poste. Adán parecia batido. Resposta de pronto dos donos da casa. Cruzamento de Nuno Santos à esquerda e Sarabia a cabecear à barra. Na recarga, Pedro Porro rematou para Odysseas encaixar (49').
A perder, a meia hora do fim, Rúben Amorim mexeu na equipa, fazendo entrar Ugarte e Slimani (59') e Edwards e Esgaio (69'). Com estas mudanças, o Sporting tinha mais presença na área, apoio frontal para os médios e a fantasia de Edwards. Em termos ofensivos, os corredores continuavam a ser as únicas armas para tentar ferir a águia. Todavia, o Benfica não desmontava do ponto de vista defensivo e não dava espaço para os verdes e brancos jogarem entre linhas ou à profundidade. Logrando, ainda, várias aproximações à área contrária com perigo.
A cerca de 15 minutos do fim foi a vez de Nelson Veríssimo refrescar a equipa, lançando Gil Dias – que viria a ser decisivo – e Paulo Bernardo (74'). O médio foi importante na contenção do corredor central e da capacidade de Ugarte para queimar linhas em progressão, o ala foi altruísta no apoio a Grimaldo perante as presenças de Pedro Porro e Edwards. Por forma a segurar o 0-1 e três preciosos pontos na luta pelo 2.º lugar, o técnico benfiquista colocou André Almeida (83') e João Mário (87').
O tempo passava, corria a favor das águias e o xeque-mate foi dado nos descontos. Mais um contra-ataque venenoso do Benfica, com Darwin a arrancar e a levar quatro adversários consigo, libertando para Gil Dias que, diante de Adán, atirou para o 0-2, aos 90'+2'. Festa nas hostes encarnadas e os três pontos já não fugiram!
O Benfica contabiliza, agora, 67 pontos na classificação da Liga Bwin e na próxima ronda recebe o Famalicão no Estádio da Luz (sábado, 23 de abril, às 18h00).

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