Voo certeiro de águia-imperial em tarde ventosa
O Benfica venceu em Chaves, por 0-2, em jogo da 10.ª jornada da Liga Betclic, com golos de Aursnes e João Mário.
O Benfica venceu em Chaves, por 0-2, com tentos de Aursnes e de João Mário, em partida da 10.ª jornada da Liga Betclic, disputada neste sábado, 4 de novembro. João Neves esteve nos dois golos e foi o Man of The Match.
Assim sendo, alinharam de início neste duelo da 10.ª jornada: Trubin, António Silva, Otamendi, Morato, Florentino, João Neves, Aursnes, João Mário, Rafa, Di María e Guedes.
No Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, os Benfiquistas, como é seu apanágio, apresentaram-se em grande número, tendo sido, do primeiro ao último minuto, o 12.º jogador, criando um mini-Estádio da Luz... em Trás-os-Montes.
Com o vento e a chuva a não darem tréguas, foram dos flavienses os primeiros toques na bola, assim como o primeiro remate, por intermédio de Sanca (2'), pela esquerda do ataque caseiro.
Após esse lampejo do Chaves, os encarnados começaram a pressionar em toda a escala, pegaram no comando do jogo e foram começando a aproximar-se, cada vez mais, das redes de Hugo.
Di María, com dois cantos muito chegados à baliza, obrigou, por duas vezes, o guarda-redes brasileiro a afastar a bola com uma palmada (6' e 9'). A jogada que esteve na origem do segundo canto deveu-se a um remate muito perigoso de Aursnes, desviado por João Correia (8').
O vento que se fez sentir – a favor do Benfica, na primeira parte – abriu alas para que os pontapés de canto fossem verdadeiras ocasiões de grande perigo. Em mais uma tentativa desse modo, João Neves colocou na pequena área, onde apareceu Morato a cabecear por cima (19').
Quatro minutos depois, foi a vez de Guedes visar a baliza. Descaído pelo lado esquerdo, o internacional português rematou cruzado para defesa segura do guardião flaviense (22').
À passagem da meia hora, o Benfica dominava e controlava a partida, estava instalado no meio-campo contrário, trocava bem a bola e fazia variações de flancos, mas só a espaços conseguiu furar a teia defensiva do Chaves, muito reativa e atenta a todas as movimentações encarnadas.
Otamendi, percebendo isso mesmo, tentou surpreender com um remate de longe. O vento ajudou a tornar a bola venenosa, mas Hugo, à segunda, conseguiu controlar (36'). Um minuto volvido, boa jogada de entendimento entre Aursnes e Florentino, que resultou num remate forte, mas por cima, por parte de Di María, já na área.
Aos 38', lance de dúvida na zona de rigor do Chaves. João Neves colocou a bola no interior da grande área, onde aparecia Guedes para desviar, mas a bola foi intercetada por Cafu Phete. Toque com o braço na bola? Nem o árbitro, nem o VAR sancionaram qualquer infração.
O intervalo chegou com o nulo no marcador, apesar do domínio e do caudal ofensivo apresentado pelo Benfica no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira.
Para o segundo tempo, o treinador encarnado retirou Guedes e lançou Arthur Cabral para o terreno de jogo.
À imagem do que havia acontecido durante os primeiros 45 minutos, o Benfica continuava dono e senhor de todas as operações e instalado no meio-campo adversário.
Novo canto, nova situação perigosa. A bola chegou a Di María, que se encontrava sozinho na esquerda, este colocou no coração da área, onde estava Arthur Cabral, que tocou para zona frontal. A defesa flaviense conseguiu aliviar, e, na recarga, outra vez Di María, que rematou por cima (50').
Na resposta, lance perigoso do Chaves. Jogada de insistência em que Sanca atirou cruzado, rente ao poste direito da baliza de Trubin. Isto após um corte oportuno de António Silva (53').
Até que... João Neves pegou na bola, furou a muralha defensiva, tirando três adversários da frente e serviu Arthur Cabral. Este rematou em queda, a bola passeou-se na linha de golo e ainda bateu no poste, após um corte de um jogador contrário, mas Aursnes apareceu a confirmar o 0-1 (59').
Na reação à desvantagem, Bruno Langa teve a melhor oportunidade flaviense de todo o jogo, ao enviar uma bola com estrondo à barra (61').
À entrada dos últimos 20 minutos de jogo, Roger Schmidt, de forma a refrescar a equipa, tirou Di María e colocou Tengstedt (71').
Aos 76 minutos, grande jogada do Benfica. Otamendi, ainda dentro do seu meio-campo, intercetou a bola, percorreu uns metros com ela, deu para Rafa, este colocou na área, onde apareceu o capitão encarnado a rematar ao lado.
No minuto seguinte, penálti assinalado a favor das águias. João Neves foi atingido na cara pelo braço direito de Bruno Langa, dentro da área flaviense, e o árbitro apontou para a marca de grande penalidade. Chamado à conversão, João Mário atirou a contar, fazendo o 0-2 (80').
O camisola 20 apontou assim o seu terceiro golo nos últimos cinco jogos, após ter marcado a Lusitânia (Taça de Portugal) e Casa Pia (Liga Betclic).
Aos 83 minutos, Roger Schmidt voltou a mexer na equipa: saíram Rafa e João Mário, entraram Musa e Chiquinho, respetivamente.
Ora, se desde o primeiro minuto o jogo já havia sido de controlo por parte do Benfica, com dois golos de vantagem esse domínio ainda mais se acentuou, com as águias a não darem grandes liberdades aos homens de Moreno, que, entretanto, já havia sido expulso.
Já dentro dos 90 minutos, Musa combinou bem com Arthur Cabral e atirou para o fundo das redes, com um remate cruzado, sobre a esquerda. Contudo, o VAR sinalizou fora de jogo (de nove centímetros) ao internacional croata.
Com sete minutos para se jogar, o último lance de perigo pertenceu a João Neves, que recebeu de Aursnes, mas, no momento em que se preparava para colocar na área, escorregou e meteu para fora.
Pouco depois, Hélder Malheiro apitou para o final do desafio, confirmando-se o triunfo encarnado, por 0-2, e, por consequência, a quinta vitória seguida fora de casa em jogos da Liga Betclic.
Ao mesmo tempo, este foi o quinto jogo da Liga Betclic 2023/24 em que as águias terminaram sem sofrer qualquer golo.
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