Águias voltam a entrar mal; Leo Jabá assina vantagem dos tricolores; Com Musa de saída, Arthur e Marcos mostram serviço
Já em Leiria, na meia-final da Taça da Liga, em que foi eliminado pelo Estoril, o Benfica tinha chegado tarde. Agora a viagem era mais curta, para a Amadora, mas foi feita de bicicleta.
Arthur Cabral teve de dar ao pedal, mas a equipa de Roger Schmidt acabou o duelo com o Estrela em ritmo de passeio.
Com Petar Musa riscado das opções, Cabral foi mesmo promovido à titularidade, mas de início o Benfica sentiu muitas dificuldades para contornar a boa organização defensiva da equipa de Sérgio Vieira, um 5x4x1 compacto e relativamente subido. Um livre direto de Kokçu obrigou Brígido a defesa apertada logo ao minuto 11, mas na primeira meia-hora a equipa visitante acumulou bolas perdidas na linha intermédia, o que potenciou lances de transição rápida do Estrela. As primeiras definições dos avançados tricolores não estiveram à altura da estratégia, mas esta acabaria premiada ao minuto 28, na sequência de uma iniciativa individual de Leo Jabá, a dois tempos, perante uma má abordagem de Trubin.
O 2-0 só não ficou consumado ao minuto 40 porque Régis, depois de aproveitar um mau corte de Otamendi e de contornar Trubin, sentiu falta do pé direito para encontrar o fundo da baliza.
Para resolver o problema, que assumia contornos preocupantes, o Benfica recorreu a uma ligação direta entre Di María e Arthur Cabral, e acabou por conseguir virar o resultado ainda antes do intervalo. O brasileiro chegou ao empate de bicicleta (44’), e depois teve também participação no segundo golo, assinado por Rafa (45+1’).
Outro Tino
Kokçu chegou ao descanso com queixas e já não voltou para a segunda parte, substituído por Florentino, que encontrou um jogo mais favorável às suas características: um Estrela mais exposto, por força da desvantagem no marcador, obrigado a construir de outra forma, mas pressionado pelo Benfica logo à saída da sua área.
O inspirado Leo Jabá ainda esboçou um lance que Ronaldo Tavares tentou corrigir ao segundo poste, mas as águias foram acumulando situações de perigo para construir uma vitória folgada.
Otamendi, que já tinha marcado em Leiria, voltou a festejar, na recarga um cabeceamento de Arthur Cabral à trave (52’).
O Estrela da Amadora passou a estar limitado a situações de bola parada, mas dessa forma ainda assustou com um desvio de Omorwa e uma cabeçada do ex-benfiquista Rodrigo Pinho, que obrigou Trubin a defesa apertada.
Mas pelo meio a formação tricolor começou a assumir a derrota, por força da expulsão de Régis, que viu o segundo cartão amarelo ao minuto 71, após entrada imprudente sobre João Neves.
Espaço para reforços
Com o triunfo na mão, Roger Schmidt teve oportunidade de gerir recursos e deu descanso aos quatro elementos mais adiantados. O técnico alemão promoveu o regresso de Alexander Bah à competição e aproveitou para estrear o argentino Benjamín Rollheiser, que rendeu Di María no lado direito.
Marcos Leonardo somou mais alguns minutos, e depois da desilusão na Taça da Liga - em que não marcou e falhou um penálti no desempate com o Estoril – recuperou a tradição de entrar e festejar. Servido por David Neres, fechou a goleada encarnada na Amadora.
Se o Benfica somou a sexta vitória consecutiva na Liga, o Estrela acumula igual número de jogos sem ganhar, e por isso fica perigosamente perto dos lugares de despromoção.
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