Conhecer Nova Iorque não é conhecer os Estados Unidos, sabia disso quando parti para o acompanhamento jornalístico da participação do Benfica no Mundial de Clubes, mas confesso que fiquei surpreendido com a diferença que encontrei na Flórida, costa Leste do país. Sem dúvida américas diferentes, ainda que tenha visitado uma ínfima parte do que os EUA oferecem.
A expectativa muitas vezes não corresponde à realidade e, neste caso, infelizmente, caiu por terra a linda imagem que tinha, desde criança, de uma Flórida paradisíaca, cheia de palmeiras, mulheres bonitas, adolescentes a andar de bicicleta, homens de camisas coloridas a beber margaritas, ao estilo Miami Vice. Haverá disto também, claro, principalmente em Miami, mas o trabalho manteve-me sempre a uma distância larga dos circuitos turísticos e mais exclusivos, permitindo-me, por outro lado, mergulhar melhor no verdadeiro dia a dia.
De Tampa para Miami, de Tampa para Orlando, de Tampa para Charlotte, passando pelos Estados da Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte, e depois de volta a Tampa. A BOLA percorreu quilómetros para seguir o Benfica e por estas bandas vimos pobreza, até miséria, uma panóplia de culturas que contam também a história dos EUA.
Sente-se que as pessoas estão preocupadas com o que pode vir mais da conjuntura criada pela presidência de Trump, mas ainda expectantes. Aqui tudo é muito grande, tudo o que nos dizem ficar perto está à distância de pelo menos 40 minutos de automóvel. E longe ficou, também, o sonho dos benfiquistas: acordaram nos 'oitavos' do Mundial.
Nélson Feiteirona, in a Bola

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