domingo, 30 de junho de 2013

O BARCELONA E A GUERRA CIVIL ESPANHOLA

O Barcelona e a Guerra Civil Espanhola
ESCREVEM OS LEITORES

Autor: JOEL PERPÉTUO/22 ANOS/ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO

 
Para a maioria das pessoas o Barcelona é o eterno rival do Real Madrid por ser o clube da região autónoma, com política de formação diferente do Real Madrid, porém a história não é bem assim.

Quando o Suíço, Joan Gamper, fundou o Barcelona em Outubro de 1899, com as cores a inspirarem o Basel, clube suíço de Gamper, e com uma constituição de jogadores maioritariamente ingleses e suíços, o clube simbolizava o futebol cosmopolita e multi-cultural que surgia nos finais do século XIX e primórdios do século XX, sempre com presença inglesa nos planteis.

O seu grande Rival era um clube que apenas tinha jogadores espanhois, chamava-se Club Español de Fútbol, porém a guerra civil espanhola iria mudar totalmente a história do futebol e torna-lo em algo mais próximo do que hoje conhecemos.

Com a vitória de Franco e dos partidários nacionalistas, o Barcelona que até aí era o clube cosmopolita toma a iniciativa de se afirmar como representante do nacionalismo catalão, e a falta da mesma atitude por parte do Español faz a equica decair a sua imagem tradicional junto dos catalãs, e começa a ser visto como um aliado do poder de Madrid na Catalunha.

O Barcelona tornou-se então por excelência, um clube definitivamente catalão,

Com a conquista da Catalunha pelos nacionalistas, todos os símbolos de identidade nacional catalã foram proibidos. O Barcelona teve de mudar o nome do catalão «Futbol Club Barcelona», para o castelhano «Barcelona Club de Fútbol»; o emblema também sofreu alterações, e a bandeira da Catalunha foi substituída pela da Espanha. A língua foi banida da sociedade e do clube

Quando em 1943 o Real e o Barça se encontraram para a Meia-final da Taça em Madrid, alguns momentos antes de começar a partida, o director da polícia política visitou o balneário do Barcelona, juntamente com a equipa de arbitragem e lembrou aos jogadores barcelonistas a “generosidade" do regime que "perdoara” a falta de patriotismo do clube catalão durante o conflito. A dica foi facilmente entendida e o Real Madrid ganhou por um claro e escandaloso 11-1.

O orgulho catalão ficou ferido, mas seria nos anos 50 que Franco daria o golpe mais violento no barcelonismo ao ter papel decisivo no processo que desviou di Stéfano de Barcelona para Madrid. Um processo que marcou definitivamente a rivalidade entre barcelonistas e madridistas.

Com o mítico presidente Josep LIuiz Núñez, a ser eleito em 1978, sob a impulsão de cariz nacionalista Núñez, inicia um processo de investimento em La Masia (a famosa escola do clube, que tantos frutos daria no futuro), a juntar a isso as contratações de Johan Cruijff e Diego Maradona tornam o clube com uma dimensão ainda maior.

Mas esse forte sentimento nacionalista só atingiu o seu pleno em 2008, onde um treinador catalão de seu nome Pep Guardiola, conseguiu capitalizar os investimentos em La Masia para resultados nunca antes imaginados, conquistando títulos internos e externos que a maioria de nós tem bem fresco na memória, liderados por Messi, com organização de Xavi, Iniiesta, com defesa assente em pilares como Puyol e Piqué, e ainda com Pedro, Fabregas,Valdés, Busquetts entre outros jogadores com nacionalidade catalã, tirando Messi que é Argentino, a espinha dorsal deste Barcelona Catalão, deu á selecção Espanhola um poderio nunca antes visto que conquistou o titulo mundial em 2010 e os títulos europeus em 2008 e 2012, estamos perante uma geração de ouro, que podemos dizer made in Catalunha.

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