Texto:
Era desnecessário o comunicado do Benfica a explicar aos incautos que o presidente do clube ao dizer “por favor, não falem dos outros clubes” não feriu nem os Estatutos do clube nem a Constituição da república restringindo o direito à liberdade de expressão aos adeptos e aos associados com maior ou menor expressão pública, o que seria francamente intolerável. As próprias palavras de Luís Filipe Vieira seriam desnecessárias se a Natureza providenciasse a todos os da sua casa lucidez e modéstia em doses bastantes para que ninguém sucumba à doença infantil da microfonite aguda face à tenda que se vê montada do outro lado da rua.
Vieira sabe que, pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está a ser levado ao colo por aquilo a que se convencionou chamar, por respeito à instituição, “a comunicação” do Sporting e que, por incrível que pareça, já conheceu melhores dias. Se, por exemplo, o “kit” Eusébio fez o seu relativo furor na imprensa em Outubro de 2015, já esta “denúncia” de Outubro de 2016 sobre ameaças a árbitros não mereceu sequer chamada de primeira página nos três jornais desportivos em circulação. Imagine-se só o que será e o que vai acontecer à denúncia de Outubro de 2017…
Basicamente será aquele estribilho que já cantava a Beatriz Costa, em 1936, numa revista do Parque Mayer:
- É só conversar, falazar, falazar…
Foi um sucesso imediato. O espetáculo esteve meses em cartaz e tinha o curioso título de “Arre Burro!”
É, portanto, do interesse de Vieira, porque é do interesse do Benfica, obstar a que sejam os franco-atiradores benfiquistas a preencher o espaço noticioso sobre o atual momento do rival. Houvesse coragem e esses blocos informativos seriam ocupados pelas reflexões provenientes da “massa crítica” do Sporting que começa agora a sair da clandestinidade fazendo até por merecer uns valentes apodos do presidente em exercício, o que também não nos diz respeito.
*
Com a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU, confirma-se a velha denúncia de Pinto da Costa. O Benfica persiste em “meter gente em lugares importantes”. Parabéns!
*
Na morte de Mário Wilson, disse Toni que com ele privou no futebol mais do que ninguém entre os ainda vivos: “O teu filho branco curva-se perante a memória do seu segundo pai.” Poucas palavras, é certo, mas que nos dizem tanto sobre Mário Wilson e, obviamente, sobre o próprio Toni. E, perdoem-me o abuso, poucas palavras que nos dizem tanto sobre aquilo que queremos que nunca deixe de ser o Benfica.
Leonor Pinhão in record
Vieira sabe que, pelo segundo ano consecutivo, o Benfica está a ser levado ao colo por aquilo a que se convencionou chamar, por respeito à instituição, “a comunicação” do Sporting e que, por incrível que pareça, já conheceu melhores dias. Se, por exemplo, o “kit” Eusébio fez o seu relativo furor na imprensa em Outubro de 2015, já esta “denúncia” de Outubro de 2016 sobre ameaças a árbitros não mereceu sequer chamada de primeira página nos três jornais desportivos em circulação. Imagine-se só o que será e o que vai acontecer à denúncia de Outubro de 2017…
Basicamente será aquele estribilho que já cantava a Beatriz Costa, em 1936, numa revista do Parque Mayer:
- É só conversar, falazar, falazar…
Foi um sucesso imediato. O espetáculo esteve meses em cartaz e tinha o curioso título de “Arre Burro!”
É, portanto, do interesse de Vieira, porque é do interesse do Benfica, obstar a que sejam os franco-atiradores benfiquistas a preencher o espaço noticioso sobre o atual momento do rival. Houvesse coragem e esses blocos informativos seriam ocupados pelas reflexões provenientes da “massa crítica” do Sporting que começa agora a sair da clandestinidade fazendo até por merecer uns valentes apodos do presidente em exercício, o que também não nos diz respeito.
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Com a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU, confirma-se a velha denúncia de Pinto da Costa. O Benfica persiste em “meter gente em lugares importantes”. Parabéns!
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Na morte de Mário Wilson, disse Toni que com ele privou no futebol mais do que ninguém entre os ainda vivos: “O teu filho branco curva-se perante a memória do seu segundo pai.” Poucas palavras, é certo, mas que nos dizem tanto sobre Mário Wilson e, obviamente, sobre o próprio Toni. E, perdoem-me o abuso, poucas palavras que nos dizem tanto sobre aquilo que queremos que nunca deixe de ser o Benfica.
Leonor Pinhão in record
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