quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
BENFICA TEM DUAS EQUIPAS GÉMEAS
Toda a gente que conhece um pouco de futebol sabe que não há dois jogos iguais. Como se os jogos de futebol fossem como pessoas. Afinal, até mesmo os gêmeos são facilmente reconhecidos pelas mães que, ao mais simples olhar, lhes notam as diferenças. No fundo, há gente parecida, como há jogos de futebol idênticos. Mesmo assim, raramente se pode encontrar num jogo de futebol, uma parecença de gémeos. E foi por isso que me surpreendeu este último jogo do Benfica em Guimarães. Não foi, apenas, o resultado final, nem o mesmo resultado ao intervalo. Não foi, sequer, a forma idêntica como os golos do Benfica foram obtidos e, apesar da coincidência com tudo isto já ser desusada, também não foi a forma como o Vitória teve hipóteses de marcar antes do primeiro golo do Benfica e como reagiu, já sem grande ânimo, na segunda parte.
Falo das duas equipas de gémeos do Benfica. A que jogou para a Liga e a outra, a que mudou a maioria dos «cromossomas» e que a todos pareceu tão igual, na forma como se exibiu e na maneira como ganhou o jogo. Quem viu apenas o primeiro jogo, pode saber como foi o segundo e o mesmo se dirá de quem viu apenas o segundo jogo. Raramente nos é dado a observar uma tão grande semelhança. Daí que valha a pena olhar para o trabalho de Rui Vitória com uma outra profundidade de análise. Não se trata de preparar uma equipa e de lhe juntar, sem perda de identidade, um ou outro jogador, em função das circunstâncias. Trata-se de conservar as mesmas referências, mesmo quando se muda tanta gente. É preciso muito trabalho e, mesmo assim, não é fácil.
Vítor Serpa, in a bola
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