sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

TAÇA DA LIGA NÃO RIMA COM DRAGÃO


A Taça da Liga tem um formato amigo dos clubes mais fortes, criando condições para que estes atinjam, com alguma naturalidade, as meias-finais. E mais, a calendarização de ano novo da Taça da Liga permite ainda que os jogos sirvam para afinar as equipas após a pausa natalícia, criando-lhes uma utilidade de mini-pré-época.
Ora, com o FC Porto, tudo o que podia correr mal correu pior, a lei de Murphy funcionou em pleno e os dragões com a derrota de anteontem em Moreira de Cónegos, saíram pela porta pequena de mais uma competição. Resistem na Champions - uma prova off limits, nos dias que correm, para as equipas portuguesas - e estão obrigados a jogar todas as fichas no campeonato. Porém, vão retornar a liga caseira com a confiança abalada, desbaratado que foi o capital de confiança com que tinham chegado ao Natal. É bom, para memória futura, que se lembre que o FC Porto jogou em casa com o Belenenses e Feirense e fora com o Moreirense e arrecadou apenas dois pontos, ou seja, teve um comportamento inexplicável e acabou a revelar um descontrolo emocional tremendo. Nuno Espírito Santo vai ter de limpar a cabeça dos seus jogadores regressados a um patamar de dúvida que já julgaria ter ultrapassado: e em relação aos adeptos, que brindaram a equipa com um banho de multidão no treino de ano novo, também serão necessários outros argumentos para apagar o trauma de uma competição que parece estar amaldiçoada para os dragões.
PS: Na Luz, a boa notícia foi o regresso de Jonas à titularidade. Daqui em diante, Rui Vitória pode contar com o seu principal goleador sem restrições, e esse será o maior reforço encarnado do mercado de inverno. O golo de livre que Jonas apontou ao Vizela bem merece a vénia que os benfiquistas normalmente lhe fazem...

José Manuel delgado in a bola

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