"O Benfica aproveitou a dupla jornada caseira para recuperar da anemia e mostrar a cara que o levou ao Marquês em Maio passado...
Depois de algumas exibições anémicas, que lançaram dúvidas legítimas quanto ao alcance da equipa de Bruno Lage na época em curso, o Benfica aproveitou a dupla jornada caseira (4-0 ao Portimonense e 2-0 ao Rio Ave) para mostrar uma cara mais parecida com aquela que o levou ao Marquês em Maio passado. Algumas unidades novas (Vinícius e Chiquinho) e uma eficácia muito razoável do duplo pivot (Gabriel com Samaris e com Florentino), alavancaram uma dinâmica que recebeu contributo precioso de Cervi. Se Pizzi regressar à batuta que empunhou em algumas boas fases dos encarnados, este poderá ser um momento importante na épocas dos campeões nacionais. Amanhã, em Lyon, o teste à estaleca da equipa vai ser deveras importante, perante um adversário que possui excelentes jogadores mas está longe de ser uma boa equipa. Sabe-se, e percebe-se, que o Benfica não tem cilindrada futebolística para bater o pé aos clubes que normalmente andam pelos quantos e pelas meias da Champions (Real, Barça, City, Liverpool, PSG, Juventus e Bayern). Mas com os adversários que lhe calharam este ano em sorte, o clube da Luz tem, pelo menos, a obrigação de jogar sempre com um pensamento realista na vitória, apresentando o que de melhor tem, e respeitando, assim, um passado que o fez grande para lá das fronteiras de Portugal. Há quem pense que as competições europeias atrapalham e quanto mais depressa as equipas forem eliminadas, melhor, mais perto ficam de ganhar o Campeonato Nacional. Essa mentalidade, pequena e redutora, nunca pode ter guarida num grande clube.
Quando à Liga, esquecido o apagão no estádio do Dragão, o Famalicão voltou às boas exibições, mostrando, em Braga, personalidade em condições adversas. Equipa sensação, mesmo!
PS - O Sporting está a reconstruir a formação, depois de anos a fio de desinvestimento em Alcochete. Quem semeia tem a certeza de vir a colher, desde que tenha paciência e saiba esperar, sem se deixar abater por alguns revezes, que só provam a necessidade de uma quase refundação: os leões não se apuraram para a fase final do Campeonato de Juvenis, ao terminarem a Série C em quinto lugar, com 23 pontos, abaixo de Loures (29), Académica (25), U. Leiria (24) e Fátima (23). Inédito?
Uma verdade desconcertante e inconveniente
«Deve um treinador de jovens receber a mesma formação de um treinador de alto rendimento? Seguramente que não...»
José Manuel Constantino, Presidente do COP, in A Bola
O presidente do COP, em artigo publicado em A Bola, aborda com extrema lucidez a questão da formação de treinadores. E conclui assim: «Estamos todos confortáveis quando se atribui a uma entidade como a Autoridade Nacional de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) a competência de fiscalização de tudo isto (lei do acesso à carreira de treinador de desporto?)».
Ás
Lewis Hamilton
O piloto inglês sagrou-se, pela sexta vez, campeão do mundo de Fórmula 1, estando a apenas um título de Michael Shumacher. É uma grande proeza de um mito que ombreia com outros gigantes do desporto, já balzaquianos, como Roger Federer, Rafa Nadal ou Cristiano Ronaldo. Velhos são os trapos, não é?
Duque
Silas
Fora da Taça (Alverca entrou numa história onde o Tirsense era protagonista único). Silas conheceu, em Tondela, o sabor da derrota na Liga, num jogo em que o Sporting foi vítima do postulado do futebol que diz que «quem não marca, sofre». A verdade é que os leões, em dez jornadas, ká perderam dez pontos para o líder...
Duque
Nico Kovac
Quis o destino que fosse uma derrota (5-1) em Frankfurt, onde tanto brilhou à frente do Eintracht, a determinar a saída de Niko Kovac do Bayern de Munique. O titulo conquistado na época passada não foi suficiente para aguentar no cargo este berlinense de origem servo-croata, que nunca encantou os adeptos bávaros.
Super Boks derrotaram uma Rosa de cristal
Os SpringBoks sagraram-se, pela terceira vez, campeões do mundo de râguebi, depois de derrotarem na final do Japão a selecção da Rosa. Ou seja, a África do Sul passou por cima da Inglaterra em 80 minutos de grande pujança e reclamou um título que todos davam, antes do campeonato, por entregue à Nova Zelândia...
Inglaterra em choque
Passar ontem à noite pelos sites das principais publicações inglesas, dos jornais de referência aos tablóides, era encontrar palavras fortes, que faziam as manchetes, descrevendo a lesão de André Gomes, após uma entrada que valeu o cartão vermelho ao coreano Son Heung-min, do Tottenham: Terrível!, Horror!, Trágico!, Drama!, era assim que o lance que marcou a jornada 11, da Premier League era contado. Adivinha-se longa e penosa a recuperação do campeão da Europa por Portugal. Que não lhe falte a coragem e a resiliência nesta hora difícil."
José Manuel Delgado, in A Bola
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