segunda-feira, 1 de abril de 2013

LIMA DEVIA SER CONVOCADO PARA A SELEÇÃO BRASILEIRA




O antigo extremo do Benfica, o brasileiro Geovanni, analisou o momento do avançado encarnado Lima e não tem dúvidas: Scolari devia estar mais atento e chamar Lima à canarinha.

Com os três golos marcados ao Rio Ave, Lima ultrapassou vários jogadores na lista dos melhores marcadores estrangeiros, incluindo Geovanni. Está surpreendido com o acerto dele na concretização e logo na época de estreia?
- Não, porque ele já estava adaptado ao campeonato português. Além disso tem a oportunidade de jogar ao lado de Cardozo, o que facilita muito. Um ponta de lança que jogue no Benfica atual tem de marcar 20 golos por época.

Que principais qualidades encontra nele?
- Chuta bem com os dois pés, fisicamente é forte, cabeceia bem... e sabe que está no clube certo, com uma estrutura de top a nível mundial. Atualmente há poucos clubes que oferecem aos jogadores as condições que o Benfica proporciona. Nada é como no meu tempo, em que treinávamos em Odivelas, Massamá, os balneários no Estádio da Luz eram na garagem...

Roberto Carlos já disse que Lima deveria ser chamado à seleção brasileira, por Luiz Felipe Scolari, pois não há muitos como ele. Concorda?
- Concordo. Se aquele jogador do Atlético Madrid foi chamado [Diego Costa, avançado, antigo jogador do Penafiel e SC Braga], por que razão não deve ser Lima? Quando joguei em Portugal, lembro-me que Liedson, Deco e Pepe não foram chamados à seleção brasileira e acabaram por jogar por Portugal. E tinham lugar na seleção brasileira, sem a mínima dúvida. Na altura não se reparava tanto no que se fazia em Portugal, mas agora a realidade é diferente. Lima é um grande avançado e Scolari deve dar-lhe uma oportunidade.

Também jogou em Inglaterra e defrontou o Newcastle. O que espera da eliminatória frente ao Benfica, para os quartos de final da Liga Europa?
- Vi pela televisão o último jogo do Newcastle, frente ao Manchester City. Acho que deixa a desejar em alguns aspetos. Pelo Hull City marquei ao Newcastle [2008/09, 1-1]. Não é fácil jogar em St. James Park, os adeptos empurram muito a equipa, mas acho que o Benfica é mais forte e vai passar. Ainda por cima agora que Luisão voltou: com ele a equipa é outra, para melhor, ele é um líder. O facto de disputar a segunda mão fora de casa não me preocupa. Eu sempre gostava de jogar o primeiro jogo em casa, porque tínhamos outro tipo de pressão. Foi assim com o Liverpool [oitavos de final da Liga dos Campeões, 2005/06] e demo-nos bem: vencemos por 1-0 na Luz, obrigámos o adversário a abrir no segundo jogo e ganhámos (2-0).

Nota-se que continua a acompanhar tudo o que diz respeito ao Benfica...
- Claro, foram três épocas e meia e uma fase da minha carreira que muito me diz. Fez 10 anos em janeiro que assinei pelo Benfica. Na altura tudo era diferente. Tal como disse anteriormente, as condições de trabalho que tínhamos nada tinham a ver com as atuais. Jogadores como eu, Luisão, Simão, Nuno Assis, Petit ou Nuno Gomes foram decisivos para alavancar o Benfica, que antes de nós andava em quinto, sexto lugar. Luís Filipe Vieira fez um grande trabalho e contou connosco, que fomos campeões. Pagámos um preço para outros usufruírem, como é o caso da atual geração de jogadores.
 

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