sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

FIM DA "DITADURA" NA TAÇA DA LIGA


Surpresa no Algarve, o Moreirense derrotou o Benfica e vai disputar, com o SC Braga, a final da Taça de Liga, colocando ponto final na hegemonia encarnada nesta competição. No futebol português contam-se pelos dedos de uma mão as vezes em que o final de uma prova nacional não teve a presença de um dos trés grandes e, embora quer a presença de público no Estádio do Algarve no domingo, quer a audiência televisiva da final, inevitavelmente, venham a ressentir-se da ausência, neste caso, do Benfica, estamos perante um sinal de irreverência que pode ser exemplo para os underdogs do nosso futebol. Parabéns pois, Moreirense!
Quanto ao Benfica, em pouco tempo foi o segundo aviso à navegação. Primeiro, foi o Boavista a marcar trés golos de rajada aos encarnados; ontem, novo apagão da equipa de Rui Vitória e mais trés golos na virada do Moreirense sobre o tricampeão. Ou seja, estamos perante sinais de um padrão de desconcentração competitiva do Benfica que, nesta fase crucial da temporada, deve ser levado muito a sério pelos responsáveis encarnados. Está a faltar qualidade na circulação de bola do Benfica e a qualidade defensiva da equipa decaiu bastante. A explicação pode ser encontrada, parcialmente, na ausência de Fejsa, o pêndulo da equipa, mas não será só por aí que o Benfica está a claudicar. Os encarnados estão a pagar o preço das rotações constantes, especialmente nas alas, no binómio lateral-extremo, traduzido em faltas de rotinas que penalizam a equipa; e, sejamos absolutamente claros, torna-se difícil ao Benfica ser eficaz sem que, ou Mitroglou ou Jiménez estejam em campo.

José Manuel Delgado, in a bola

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