"O Guimarães deslocou-se até à capital para defrontar o Benfica a contar para a 24.º jornada do campeonato. Após a boa exibição dos encarnados a meio da semana, estes iam procurar manter o nível exibicionial perante um adversário numa situação delicada que vinha de duas derrotas e que não sabe o que é ganhar fora de portas desde dezembro. As águias apresentavam-se na Luz sem duas peças fundamentais, Morato e Meite colmatavam as ausências de Otamendi e Weigl.
O jogo começava de feição ao Guimarães, com ataques para ambos os lados o jogo partia-se numa fase inicial e o Vitória chegava com facilidade à baliza de Vlachodimos dado o espaço que a defesa do Benfica concedia ao adversário. Óscar Estupiñán perdeu duas oportunidades claras para abrir o marcador, e como é habitual, quem não marca, sofre. Em duas jogadas que pareciam cópia uma da outra, Meite descobria Gilberto solto pela direita e este assistiu, primeiro, Gonçalo Ramos e depois Darwin Nuñez. As duas equipas acabaram por adormecer um pouco no jogo e chegávamos ao intervalo com as águias em vantagem no marcador.
No regresso ao relvado as águias impuseram o seu jogo e a abrir a segunda parte, Gonçalo Ramos mantinha a sua boa exibição e numa recuperação de bola perto da área do Guimarães, o jogador benfiquista foi derrubado e Darwin Nuñez convertia o penálti dilatando a vantagem dos encarnados. A verdade é que o Benfica nunca foi claramente superior ao Guimarães, uma vez que os vimaranenses acabaram com mais tentativas de golo à baliza benfiquista, isto é, a exibição das águias pode ser algo enganadora uma vez que o Vitória foi demasiado perdulário à frente da baliza encarnada que tinha uma muralha dentro dos postes, acabando por ser decisivo para o resultado final. O Benfica explorou a capacidade de Rafa para conduzir a bola por terrenos interiores e foi, mais uma vez, muito forte nas transições ofensivas.
De notar a homenagem prestada pelos adeptos na Luz, a dar uma força a Roman Yaremchuk e a todos os ucranianos que vivem momentos muito difíceis.
Em termos individuais, de notar a exibição de Vlachodimos que esteve sempre presente quando foi chamado a intervir; Gilberto que fez duas assistências para golo e esteve irrepreensível nos momentos defensivos durante todo o jogo sendo o homem com maior nº de recuperações de bola durante os 90 minutos; e Gonçalo Ramos que foi crucial no momento de ligação defesa-ataque, fez o primeiro golo e ganhou o penálti que deu origem ao 3-0.
Na equipa do Vitória, destacou-se André Almeida no meio campo, taticamente esteve intratável mas não teve companheiros ao nível dele, porque apesar da criatividade de Tiago Silva, a ineficácia de Estupiñán acabou por ser crucial para o resultado final."
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