Duas vitórias em três jornadas. É este o saldo do bicampeão Benfica na Liga, depois do sofrido triunfo por 3-2, no Estádio da Luz, com o Moreirense, que ainda não tinha vencido no campeonato. A equipa de Miguel Leal quase saiu a sorrir graças ao golo de Rafael Martins (29’), mas a reação encarnada na segunda parte consumou a reviravolta, fruto dos golos de Jiménez, Samaris e Jonas.
Rui Vitória garantiu que o Benfica se mantinha fiel ao seu caminho, mas este caminho que o treinador desenha para o ‘tri’ voltou a ser marcado no jogo desta noite por muitos obstáculos e desorientação encarnada. Com a aposta em Victor Andrade como maior novidade no onze, o Benfica entrou a dominar um Moreirense pragmático e calculista, que evitava desequilibrar-se e só saía para o ataque quando se sentia seguro.
Assim, a falta de inspiração encarnada começou a manifestar-se desde cedo. Ao domínio territorial faltava aliar-se a criatividade e inteligência para desmontar a teia bem montada pela organizada equipa de Miguel Leal. Sem perigo ou acutilância, com pouca intensidade e um futebol desconexo, os bicampeões deixaram o Moreirense sempre confortável no jogo.
Foi desta forma que a equipa nortenha acabou por se adiantar no marcador aos 29 minutos, por Rafael Martins, que aproveitou uma das várias falhas do sector defensivo encarnado para fugir e finalizar diante de um desamparado Júlio César. Estava feito o 0-1, deixando a nu as fragilidades do bicampeão. Ao intervalo, o domínio nas estatísticas de posse de bola, remates e cantos apenas evidenciava a ausência de… cérebro na equipa.
Com a desvantagem ao intervalo, Rui Vitória percebeu que o jogo do Benfica não fluía e alterou a estratégia com as entradas de Talisca e Gonçalo Guedes para os lugares de Pizzi e Victor Andrade. Sob o novo figurino, os encarnados cresceram um pouco e empurraram o Moreirense para a sua defesa, sempre mais com o coração do que com a cabeça.
E seria esse querer e o forte apoio das bancadas que acabou por desbloquear o jogo para os encarnados. Quando já estavam cumpridos 75 minutos, Raul Jiménez, que acabara de entrar, tocou pela primeira vez na bola com a cabeça para fazer o golo do empate. Foi a estreia do mexicano a marcar pelo Benfica.
Um minuto depois e a reviravolta consumava-se com uma ‘bomba’ de Samaris, responsável pelo 2-1 e pelo alívio generalizado nos 43417 adeptos no estádio.
Porém, o Moreirense não se deixou ficar KO e mostrou uma vez mais o mau funcionamento da defesa do Benfica, mas também a desatenção do árbitro auxiliar. Aos 84’, Cardozo, que tinha entrado na segunda parte, voltou a empatar o jogo, mas finalizando em posição de fora de jogo, perante os muitos protestos encarnados.
O ‘balde de água fria’ acabou por ser sacudido pelo brasileiro Jonas, já aos 86’, com um remate certeiro de pé esquerdo no coração da área, para o 3-2 final, depois de várias ocasiões falhadas durante o jogo. Aí, o triunfo já não fugiu e o Benfica entrou finalmente no caminho da vitória.
Fomos felizes mas foi merecido, agora nao se pode deixar de falar da 1ra. parte e de alguns tempos no jogo em que era tudo menos o SLBenfica, DECEPçAO enorme ver esta equipa jogar durante grande parte do jogo contra o Moreirense fraco. R.Vitoria foi 1 erro de casting, e mudar é avançar, e ainda vamos a tempo.
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