segunda-feira, 3 de agosto de 2015

JONAS GARANTE QUE FICA



Depois de ver partir Jorge Jesus para o rival Sporting, Maxi para o FC Porto e Lima para o futebol árabe, o Benfica poderá estar na iminência de ver partir Gaitán.
Jonas não irá deixar o Benfica. A garantia foi dada pelo próprio jogador brasileiro, em entrevista ao jornal Record. O atacante explicou que teve propostas mas que preferiu permanecer na Luz.
"Houve, de facto [a hipótese de sair]. Estava de férias, a descansar e aconteceu aquilo que a imprensa noticiou. Mas o meu pensamento está no Benfica. Estou no clube há apenas uma temporada, quero ficar mais tempo e quero também garantir que essa possibilidade não mexeu comigo nem afetou o meu trabalho. Posso garantir que fico na temporada que está a começar. Tenho mais um ano de contrato e estou feliz", garantiu o atacante.

Depois de ver partir Jorge Jesus para o rival Sporting, Maxi para o FC Porto e Lima para o futebol árabe, o Benfica poderá estar na iminência de ver partir Gaitán. Jonas gostaria que tal não acontecesse, pela importância que o argentino tem no plantel “encarnado”.

"É um grandíssimo jogador e todos sabem a qualidade que o Nico tem. Está há muitos anos no Benfica, já conhece os cantos à casa e está feliz. Sabemos que há clubes que têm interesse em contratá-lo mas, particularmente, gostaria muito que ele ficasse porque fez muitas assistências. Não só para mim, mas também para o Lima. É um jogador que dá muito à equipa pela sua determinação e qualidade", disse Jonas.
Os "encarnados" ainda não fizeram nenhuma contratação sonante mas Jonas não acha que a equipa esteja mais fraca, mesmo com as saídas de Maxi e Lima. E recordou o que se passou na época passada, onde o Benfica perdeu vários jogadores mas acabou por ser campeão.
"É normal haver contestação quando há jogadores que saem e outros que entram, que são mais jovens e não conhecem a casa. E lembro-me que quando cheguei, na época passada, também tinham saído muitos jogadores. E houve dúvidas. Mas considero que o Benfica tem uma base muito forte e dá tranquilidade aos novos elementos para se ambientarem o mais rápido possível e fazerem uma grande época", explicou o avançado ao Record.
R – Quem são os apoios no balneário?

J – Dou-me bem com todos os jogadores e gosto de interagir com o grupo. É óbvio que quando cheguei falei mais com o Luisão, até pelo que ele representa para o clube. Mas neste grupo somos mesmo uma família. Aliás, estas duas semanas que passámos juntos nesta digressão pela América do Norte serviram para fortalecer ainda mais a nossa união e companheirismo.

R – O Luisão é mesmo um verdadeiro líder?

J – Sem dúvida. Todos os jogadores constatam que ele é um símbolo do clube. É um jogador de que todos querem estar perto para poder conhecer o que é o Benfica.
R – Até agora o Benfica contratou Ederson, Marçal, Taarabt e Carcela. São reforços capazes de acrescentar qualidade à equipa?

J – São muito bons jogadores. Já estão entrosados e vão conhecendo cada vez melhor o ambiente do clube. E o facto de o grupo ser coeso e existir companheirismo ajuda a que os novos jogadores se adaptem rapidamente. São grandes contratações que têm tudo para ajudar a base que já está formada.

R – Além do campeonato há também a Liga dos Campeões. Passar aos oitavos-de-final, como disse Rui Vitória, é o primeiro objetivo?

J – Sim, queremos seguir em frente e fazer uma grande competição. Para mim é a competição mais bonita da Europa e espero que consigamos entrar fortes para fazer grandes jogos.

R – Tem saudades de marcar um golo na Liga dos Campeões?

J – É verdade. Já há muito tempo que não marco. A última vez que estive presente ainda estava no Valencia, na última época não tive oportunidade de jogar. E, por isso, este ano quero entrar com tudo para fazer bons jogos e marcar golos também.

R – Custou-lhe muito ficar de fora na última época?

J – Já sabia que existia esse risco, porque desvinculei-me tarde do Valencia. Acabaram por ser as circunstâncias que ditaram o meu afastamento.
R – Mesmo ganhando a Supertaça o principal objetivo é o tricampeonato. Há muitos anos que o clube não consegue esse feito. O plantel tem a noção de que pode entrar na história esta temporada?

J – A ambição continua a ser alta. Um grande clube, como é o Benfica, é movido por desafios e por títulos. A cada jogo e a cada temporada queremos vencer e estar em primeiro lugar. Esta época não será diferente. Os objetivos são os mesmos, ganhar títulos, e é para isso que estamos a trabalhar. E queremos já começar com a Supertaça.

R – No campeonato, além do Sporting, terão também a forte concorrência do FC Porto que fez várias contratações esta época. Assusta-o de alguma forma este plantel?

J – Há um respeito grande, tal como existe com o Sporting, pelas equipas que lutam pelo título. São grandes equipas, têm grandes jogadores, de grande qualidade e demonstraram isso nos últimos anos. Mas o campeonato português não é apenas estas três equipas, por isso temos de encarar todos os jogos com o máximo respeito por todos os adversários, sendo certo que esta liga é muito competitiva.
R – A seleção do Brasil é um capítulo fechado na sua vida?

J – Não. Tenho o sonho de voltar. Há muito tempo que não sou convocado, a última vez foi em 2012. Mas o primeiro objetivo é estar focado no Benfica porque se as coisas correrem bem tenho mais hipóteses de voltar. Regressar é uma meta que tenho, porque vestir a camisola da seleção é algo incrível.

R – Após ter marcado 31 golos na época passada acha que merecia uma oportunidade por parte de Dunga?

J – Sempre achei difícil a minha convocatória porque o selecionador tinha pouco tempo de trabalho e encontrou um núcleo de jogadores para atuarem na Copa América. Como nunca fui chamado também não fiquei frustrado por não estar na convocatória final. Mas agora há outras competições, eliminatórias para o Mundial e há jogadores que podem regressar e outros que nunca foram chamados podem ser convocados. Vão existir muitas convocatórias e acredito que vou voltar.

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