segunda-feira, 30 de novembro de 2020

DEPOIS DO ERRO A REVIRAVOLTA



   O Benfica até entrou bem na Madeira, mas (mais) uma oferta gigantesca de Otamendi permitiu ao Marítimo adiantar-se no resultado. A equipa de Jorge Jesus conseguiu dar a volta e vencer (1-2), mas a exibição não Segunda-feira, 30 de novembro (na verdade, a segunda-feira após o Thanksgiving norte-americano), é dia de cyber monday no comércio eletrónico, um dia destinado a escoar tudo o que ainda não foi vendido nas promoções da semana anterior, com a black friday. Em tempos de confinamento mundial, é natural que as ofertas online aumentem e que as respetivas compras também, mas não se esperava que isso acontecesse nos Barreiros, no Marítimo-Benfica, jogo que fechou a 8ª jornada da Liga NOS e que começou muito tremido para os benfiquistas - principalmente por cortesia das ofertas de Otamendi.

Com o Benfica, 4º classificado com 15 pontos, obrigado a ganhar, depois das vitórias dos rivais Sporting (1º, com 22 pontos), Braga (2º, com 18 pontos) e FC Porto (3º com 16 pontos), o que se viu na Madeira foi um Benfica pouco produtivo, apesar das mudanças de Jorge Jesus: em relação ao jogo de quinta-feira contra o Rangers, para a Liga Europa, saíram do onze Helton, Jardel e Chiquinho e entraram Odysseas, Otamendi e Pizzi.
Naturalmente, foi o Benfica a entrar melhor, atacando invariavelmente pelo corredor lateral esquerdo, onde Grimaldo foi claramente o melhor jogador da equipa de Jorge Jesus, ao oferecer muita profundidade ao ataque, entendendo-se bem com um renovado Everton - logo no início da partida, o brasileiro acertou um remate na trave.



Contudo, o primeiro golo a surgir foi para a equipa de Lito Vidigal, sempre arrumada como o treinador gosta: bem fechada lá atrás e a sair rapidamente para o contra ataque. Num lance aparentemente inócuo, após uma bola longa lançada para a frente, Otamendi - mais uma vez... - voltou a dar uma oferta aos adversários, no caso, Rodrigo Pinho, o mui móvel avançado do Marítimo, que aproveitou para recolher a bola e fazer o 1-0, perante Odysseas.
O infortúnio de Otamendi deixava o Benfica, mais uma vez, em desvantagem e intranquilo, algo que se tem repetido nos últimos jogos - e o central argentino quase voltava a perder outra bola perigosa poucos minutos depois.
Com o golo, o Marítimo foi equilibrando o jogo e voltou a criar perigo por intermédio de Rodrigo Pinho, mas o avançado não acertou bem na bola de cabeça - possivelmente porque entretanto já tinha um olho negro devido a um choque de cabeça com Otamendi.


O Benfica voltou a tentar pegar no jogo e sempre pelo corredor esquerdo, com os dois suspeitos do costume: Everton e Grimaldo. Foi o espanhol a ganhar a linha depois de uma combinação com o brasileiro e a cruzar para os pés de Pizzi, na área, com o internacional português, a jogar a '8', a fazer o 1-1.
Depois do empate, voltou a haver mais Benfica e tanto Rafa (a passe de Everton) como Luca Waldschmidt (muito apagado) falharam oportunidades de golo na área de Charles.
À entrada para a 2ª parte, mais do mesmo: o Benfica a carregar no ataque para chegar ao segundo golo, com o Marítimo a procurar tapar os caminhos para a baliza, enquanto saía em contra ataque.
Logo aos 51', Seferovic descobriu Everton na esquerda e o extremo brasileiro, bem, desenvencilhou-se do adversário e rematou para o 2-1.


Já com o relvado dos Barreiros em péssimas condições - a chuva não deu tréguas ao longo do dia no Funchal -, o jogo foi baixando cada vez mais em termos de qualidade e pouco mais se viu, tanto de uma equipa como de outra.
Com o Benfica a tentar controlar a partida, o Marítimo viu-se quase sem soluções a partir dos 75', com - finalmente - um remate de Milson, que saiu para as mãos de Odysseas.
Depois, Jesus tentou estabilizar a equipa, fazendo entrar Samaris e Diogo Gonçalves para os lugares de Seferovic e Gilberto, e o Benfica retomou o domínio do jogo.
Nos últimos minutos, o Marítimo tentou encostar-se à área adversária, mas também sem sucesso.
Triunfo difícil do Benfica na Madeira, que deixa a equipa em 3º lugar, com 18 pontos. Melhor o resultado do que a exibição também devido ao péssimo estado do relvado dos Barreiros

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