domingo, 11 de abril de 2021

SEM GATUNOS DO APITO A MÚSICA É OUTRA

 


Empate chegava? Sim, mas a águia só voa para ganhar!

Mais uma exibição de grande qualidade a condizer com a importância do encontro. O Benfica voltou a ser mais forte que o seu adversário e carimbou a passagem à próxima fase da Liga Europeia.
Após uma contundente goleada, e em função dos resultados ocorridos, o empate era suficiente para passar à próxima fase, contudo, o Benfica entrou apenas para vencer e acabou a golear (6-2) uma das melhores equipas do mundo – o Barcelona. As águias garantiram o primeiro lugar do Grupo C e qualificaram-se para a final four da Liga Europeia de hóquei em patins.
Face ao empate do Barcelona na passada sexta-feira, diante do Deportivo Liceo (2-2), bastava aos encarnados empatarem frente à equipa catalã para garantir a presença na final four da prova, que se realiza a 15 e 16 de maio, também no Luso.
A entrada do Benfica foi fulminante e gerou frutos logo no primeiro minuto do jogo. Diogo Rafael patinou a toda a velocidade, lançou-se no contra-ataque e não foi egoísta. Procurou a melhor opção e assistiu. Lucas Ordoñez fez o que melhor sabe e marcou à antiga equipa. Um remate junto ao poste direito que não deu hipóteses a Sergi Fernández (1-0). A resposta do Barcelona foi célere. Contra uma das melhores equipas do mundo não pode haver momentos de desconcentração, sob pena de se sofrer um golo... Rotação da equipa catalã com o último passe a pertencer a João Rodrigues. O atleta português, posicionado na tabela de fundo do lado esquerdo, esperou a entrada do colega de equipa e entregou o esférico. Panadero não se fez rogado e disparou de primeira para o empate (1-1).
O encontro mantinha-se bastante disputado e com boas situações para ambos os emblemas, mas, aos 11', Sergi Aragonès fez um bonito, ultrapassou Ignacio Alabart com qualidade, mas foi travado em falta no interior da área. A grande penalidade favorecia o Benfica, porém, ao contrário do que aconteceu no desafio contra o Liceo, Diogo Rafael não conseguiu bater o guardião contrário. Não capitalizou na marca de grande penalidade, mas não perdoou no ataque seguinte. O camisola 4 recuperou a bola em zona adiantada, foi em direção à baliza e quando todos os atletas, inclusive os do Barcelona, aguardavam a assistência, Diogo Rafael fez um golaço! Uma stickada perfeita com o esférico a ir ao encontro do ângulo direito da baliza (2-1).
Aos 16', o Barcelona poderia ter igualado novamente a contenda, porém, entre os postes encarnados, Pedro Henriques avolumava o seu número de defesas. Pablo Álvarez tentou a picadinha, na conversão de um livre direto, mas o guarda-redes encarnado não se deixou enganar e foi imperial entre os postes! A mira dos comandados de Alejandro Domínguez continuava bem calibrada e três minutos depois (19') houve novo momento de magia no Pavilhão Municipal do Luso. Arranque de Diogo Rafael, bola para Ordoñez e depois o argentino tirou um coelho da cartola ao efetuar um passe por entre as pernas que isolou Gonçalo Pinto. Frente a frente com o guardião contrário o jogador das águias não vacilou e aplicou um remate rasteiro. Destino? O fundo das redes (3-1).
A dois minutos do término da primeira parte a partida foi interrompida para assistência ao guarda-redes do Barcelona. Após o disparo de Gonçalo Pinto a bola bateu entre a máscara e o peito de Sergi Fernández. A equipa médica entrou, o guardião melhorou, mas não se apresentou em condições para continuar dentro do rinque. Ao intervalo: 3-1.
Os primeiros cinco minutos do segundo tempo mostraram uma equipa catalã mais decidida a partir para o ataque. O Barcelona colocou o pé no acelerador porque apenas a vitória interessava para as suas intenções. Aos 30', Pedro Henriques voltou a ser fulcral. Hélder Nunes, da marca de livre direto, disparou em direção à baliza encarnada, mas a muralha chamada Pedro Henriques estava mais sólida que nunca.
A equipa espanhola mantinha mais posse de bola, todavia, não conseguia faturar. Aos 37' e após um movimento ofensivo não concretizado do Barcelona, os encarnados partiram para o contra-ataque. A todo o vapor e a voarem para a vitória, sim, porque o Benfica só tinha olhos para o triunfo, as águias fizeram o quarto tento. Rampulla, no lado esquerdo, cruzou para o interior da área e a um esférico que vinha pelo ar, Sergi Aragonès respondeu com o toque para o interior da baliza (4-1).
Algumas faltas, vários livres diretos e Ordoñez a bisar. De livre direto poucos manobram como ele e, aos 39', trocou as voltas a Aitor Egurrola. Antes de entrar a bola ainda bateu na barra, mas a execução ascendente aconteceu no momento certo (5-1). Os minutos passavam, as emoções aumentavam e o contra-ataque tornava-se na arma preferida do Clube da Luz. Aos 46', e já isolado, Gonçalo Pinto encarou o guardião contrário e, com tempo para escolher a melhor trajetória, não vacilou (6-1).
O Barcelona ainda deu um ar da sua graça nos momentos finais e, aos 49', conseguiu marcar o segundo golo. Pablo Álvarez recebeu um passe que veio por detrás da baliza e, de primeira, conseguiu ser mais rápido que os reflexos de Pedro Henriques. Resultado final: 6-2.
Uma goleada que assegurou a passagem do Benfica à final four da Liga Europeia de hóquei em patins. Destaque para o facto desta final four ser 100% portuguesa. Para além de se realizar no Luso (dias 15 e 16 de maio) terá como protagonistas o Benfica, o FC Porto, o Sporting e a UD Oliveirense.
DECLARAÇÕES
Alejandro Domínguez (treinador do Benfica): "A primeira chave foi termos controlado a intensidade do início do jogo do Barcelona. É uma equipa que pressiona bastante e tem um grande poder ofensivo. Não sacudimos a pressão porque eles perderam a posse muitas vezes. Não tivemos uma posse de bola com solidez, mas igualámos a intensidade. A partir daí conseguimos partir para transições e fazer os golos."
Benfica-Barcelona
6-2
Pavilhão Municipal do Luso
Cinco inicial do Benfica
Pedro Henriques, Valter Neves, Diogo Rafael, Lucas Ordoñez e Gonçalo Pinto
Suplentes
Marco Barros, Danilo Rampulla, Edu Lamas, Sergi Aragonès e Miguel Vieira
Ao intervalo 3-1
Golos do Benfica
Lucas Ordoñez (1' e 39'), Diogo Rafael (13'), Gonçalo Pinto (19' e 47') e Sergi Aragonès
(37')

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