"Jogo de golos no D. Afonso Henriques…. Golos justificáveis pelas ideias implementadas por os treinadores nas suas respetivas equipas. Pepa apostou num 4-3-3 com poucas mudanças, do lado contrário Jesus arriscou 8 mudanças depois da vitória sofrida em Vizela mantendo uma estrutura de 3-4-3 em organização ofensiva. Os golos apareceram cedo e naturalmente…
O Vitória demonstrou desde o primeiro minuto vontade de disputar com os encarnados, tanto o domínio territorial, como o domínio da posse de bola. Posicionados num bloco alto, os Vimaranenses procuraram impedir a progressão curta do Benfica tanto por dentro, impedindo Meite e João Mário de receber de frente, Alfa Semedo oferecia cobertura a pressão , como por fora pressionando ‘’lateral com lateral’’
Para além do posicionamento em organização defensiva, o comportamento do Vitória em transição defensiva indicava uma intenção de recuperar a bola o mais rapidamente possível, o mais alto possível, levando o jogo a ser jogado na metade de campo encarnada. Esse comportamento esteve na origem do 1 golo vimaranense.
No entanto as intenções do Vitoria para o jogo foram anuladas pelo Benfica até aos 60 minutos. Os encarnados vinham preparados para uma pressão alta, o posicionamento de Pizzi atrás de Everton e de Gonçalo Ramos permitiu numa primeira fase de construção atrair os médios vimaranenses e encontrar Pizzi nas costas dessa pressão. Os encarnados encontraram muitas vezes Pizzi livre visto que Everton e Gonçalo Ramos faziam movimentos contrários esticando e fixando a linha defensiva adversária, tornando impossível para linha defensiva dar cobertura à pressão dos médios e criando, assim, um espaço demasiado grande para Alfa Semedo controlar. A partir dos 60 minutos o jogo muda, Pepa decide inverter o seu meio campo passando para um duplo pivot, levando assim a uma maior cobertura e eficiência da pressão em bloco alto. Esta mudança muda o jogo… Sem resposta o Benfica não consegue sair com bola e acaba o jogo asfixiado pela pressão vimaranense.
Homem do Jogo: Pepa
Entrou para o jogo com uma intenção prévia que por si só ja tinha muito valor , pressionar, jogar , arriscar… mas para além disso teve a capacidade de se adaptar ao que o jogo pediu ,e com isso mudou o jogo. Se muitas vezes se diz que quem joga são os jogadores ,estou convencido que hoje quem empatou foi o treinador."
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